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Mulher acusada de matar marido tenente da PM em Curitiba é condenada a prisão

A família busca também que ela pare de receber a pensão no nome do ex-marido, em um valor que já acumulou R$ 1 milhão nos últimos cinco anos
A família busca também que ela pare de receber a pensão no nome do ex-marido, em um valor que já acumulou R$ 1 milhão nos últimos cinco anos

Luiz Henrique de Oliveira

09/11/22
às
8:03

- Atualizado há 2 anos

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Acusada pela morte do marido, o tenente da Polícia Militar (PM), Cassio Ormond Araújo, Francielle Carolina Moscaleski foi condenada, na noite desta terça-feira (8), a 18 anos e 9 meses de prisão, durante julgamento no no Tribunal do Júri de Curitiba. O crime aconteceu em 2017 e agora a família espera a prisão da acusada. Além disso, busca que ela pare de receber a pensão no nome do ex-marido, em um valor que já acumulou R$ 1 milhão nos últimos cinco anos, conforme os advogados de acusação.

Francielle foi condenada nesta terça-feira (Foto: Arquivo Pessoal)

“O conselho de sentença votou em unanimidade e ela não teve a diminuição de pena acatada, sendo condenada no limite máximo. Há um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) para que os condenados saiam presos imediatamente, estamos esperando isso. Caso a ré venha a recorrer, vamos pedir a manutenção da pena para que em breve seja expedido o mandado de prisão e ela cumpra em regime fechado”, afirmou Rodrigo Cunha, advogado que representa a família do tenente Cássio.

Os sete jurados consideraram Francielle culpada das acusações de homicídio qualificado, com impossibilidade de defesa da vítima, além de fraude processual. A juíza responsável pelo caso ainda determinou que ela pare de receber a pensão em nome do tenente. “A decisão é de oficiar a Previdência Social para que seja suspenso o pagamento da pensão de morte pelo assassinato do tenente Cássio, valor que ela recebia há cinco anos, quase R$1 milhão acumulado. Isso acabou”, pontuou Cunha.

Presente no julgamento, o pai do tenente Cássio, Vladimir Meleu Araújo, afirmou que é uma sensação de alívio em meio há cinco anos de sofrimento. “Cinco anos de muito sofrimento, mas graças aos advogados que participaram do processo, vimos a Justiça feita. Para a perda de um filho, não tem pena justa, até para que ela não faça com outra pessoa, porque fez isso de surpresa. Agora a gente espera o processo para que ela pague na penitenciária. A pena foi dada e isso vai acontecer”, pontuou.

Pai de Cássio falou à imprensa (Foto: Colaboração)

Francielle saiu do julgamento sem ser presa e, agora, a expectativa da acusação é que um mandado de prisão seja expedido nas próximas semanas. O espaço para a defesa da acusada está aberto.

O crime

Francielle era esposa de Cássio e, na noite do dia 23 julho de 2017, na Rua Presidente Epitácio Pessoa, no bairro Tarumã, “efetuou o disparo contra a vítima de forma repentina e inesperada, dificultando, assim, a defesa dela”, conforme a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR). A mulher alegou que agiu em legítima defesa, porque teria sido estuprada pelo marido.

Ainda conforme o MP-PR, Francielle modificou o local do crime para simular um suicídio. Ela chegou a ser presa, mas responde em liberdade por meio de um habeas corpus.

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