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MST realiza ações coordenadas em todas as regiões do Brasil

As manifestações reivindicam mais apoio à reforma agrária e criticam o agronegócio
(Foto: Divulgação MST)
As manifestações reivindicam mais apoio à reforma agrária e criticam o agronegócio

Estadão Conteúdo

15/03/25
às
8:29

- Atualizado há 3 horas

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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) promoveu mais de 70 ações de protestos e ocupações entre os dias 11 e 14 de março, em todas as regiões do Brasil. As manifestações reivindicam mais apoio à reforma agrária e criticam o agronegócio.

Em São Paulo, manifestantes protestaram na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Em Minas Gerais, o MST participou do ato #8M em Belo Horizonte, ao lado de sindicatos, partidos e movimentos populares, contra a violência de gênero. Já no Espírito Santo, em uma das principais ações do movimento, os manifestantes ocuparam uma área da empresa Suzano, em Aracruz, em protesto contra suas operações.

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A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) criticou as ocupações em áreas de cultivo de eucalipto, afirmando que violam o direito à propriedade privada. Em nota, a entidade declarou esperar que o MST se adeque à legislação “sem prejuízos patrimoniais às empresas”.

Ações ocorreram em todas as regiões do País

No Nordeste, mulheres denunciaram a contaminação de rios pela Mineração Vale Verde, em Alagoas. Na Bahia, famílias ocuparam terras na Chapada Diamantina para exigir sua destinação à Reforma Agrária. No Ceará, houve ocupação no Perímetro de Irrigação Tabuleiro de Russas, área estratégica para o agronegócio.

No Rio Grande do Norte, manifestantes protestaram contra conflitos territoriais gerados, segundo o movimento, pelo avanço da energia renovável. Além disso, camponesas bloquearam a BR-101 em Sergipe e distribuíram alimentos, enquanto na Paraíba e no Piauí, os protestos denunciaram os impactos de projetos energéticos e privatizações.

No Sul, mulheres ocuparam uma praça em São José do Cedro (SC) e protestaram no Rio Grande do Sul contra a empresa CMPC, acusada de prejudicar o bioma Pampa com suas atividades de silvicultura. No Paraná, o coletivo Marmitas da Terra realizou uma chamada “ação de solidariedade” no território indígena Cristo Purunã.

Ações do MST no Centro-Oeste incluíram o plantio de árvores e a distribuição de alimentos em um acampamento no Distrito Federal. Em Goiás, o movimento organizou debates sobre a Reforma Agrária no Acampamento Dom Tomás Balduíno. No Mato Grosso, manifestantes protestaram na Assembleia Legislativa contra projetos que ampliam o desmatamento e flexibilizam o uso de agrotóxicos.

No Norte, mulheres ocuparam um trecho da BR-010 no Maranhão e participaram de uma audiência pública na Câmara Municipal de Parauapebas, no Pará. Em Roraima e no Tocantins, os debates focaram no enfrentamento ao agronegócio e na segurança das trabalhadoras rurais.

O governo Lula remanejou cerca de R$ 40 bilhões no Orçamento de 2025 para aliados e programas petistas, incluindo o MST. As novas despesas, enviadas pelo Ministério do Planejamento ao Congresso, serão financiadas por cortes em outras áreas.

O MST está contemplado em duas frentes, que somam R$ 750 milhões São R$ 400 milhões para a aquisição de alimentos da agricultura familiar e mais R$ 350 milhões para o Fundo de Terras e da Reforma Agrária.

Na última sexta-feira, 7, Lula esteve, pela primeira vez no atual mandato, em um assentamento do MST, onde ouviu críticas e disse saber quem são “os aliados históricos e os de ocasião”.

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