- Atualizado há 1 semana
Motoristas e cobradores de Curitiba realizaram uma manifestação, na manhã desta terça-feira (1), cobrando a empresa CCD, hoje sob nova administração após recuperação judicial, por atraso nos pagamentos do FGTS, do 13° salário e também das férias dos trabalhadores. Alguns dos profissionais afirmam que tem até cinco anos de férias atrasadas.
Os trabalhadores fizeram o movimento na Linha Verde, em frente a sede da antiga CCD, no bairro Parolin, onde a passagem da canaleta de ônibus foi obstruída. Durante o protesto, motoristas e cobradores definiram que se o problema não for solucionado uma greve não está descartada.
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“Nós pedimos a regularização do FGTS, 13° salário e que os trabalhadores tenham direito às férias atrasadas em até seis anos. O direito foi mantido pela empresa que comprou à CCD recentemente, mas continua em atraso. Vamos novamente pedir uma resposta e, se não houver, não se descarta uma paralisação na semana que vem dentro dos tramites legais”, disse a presidente do Sindimoc, Vanussa Pereira.
O Portal Nosso Dia também conversou na manifestação com trabalhadores do transporte coletivo. A cobradora Loreni Moreira Leite de Carvalho, que há 24 anos trabalha nos ônibus, disse que o sentimento é de indignação. “Sentimento é de indignação e falta de respeito. Somos uma classe importante para a cidade e não temos o valor que deveríamos ter. Precisamos que nossos direitos sejam respeitados”, afirmou.
O motorista Publio Sequeleiro, funcionário há quase 20 anos, contou que já tem três férias vencidas. “Apesar disso, nós nunca deixamos de honrar com os compromissos. Quem falta com as obrigações, são as empresas. Só estamos pedindo o que nos é de direito”, disse.
Sobre a manifestação, a atual gestão da CCD informou que ‘a prioridade no processo de venda da empresa foi a manutenção dos empregos até maio de 2025. Os débitos existentes estão sendo quitados gradativamente conforme as possibilidades orçamentárias durante o processo de recuperação judicial’.
Já a URBS, que gerencia o transporte coletivo, destacou que o juiz Thiago Flôres Carvalho, da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba, concedeu tutela inibitória, a favor da Urbanização de Curitiba ( Urbs), impedindo qualquer paralisação do transporte coletivo, parcial ou total, sob multa de R$ 50 mil ao dia em caso de descumprimento.