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Motorista de aplicativo acusado de estuprar três garotas é preso em São José dos Pinhais: “Podem ter mais vítimas”, diz delegada

Duas vítimas são adolescentes e uma terceira garota tem 18 anos. O crime ocorria quando elas estavam indo para casa, justamente em locais ou bairros onde se há necessidade de cruzar por áreas rurais.
Homem está preso na Delegacia da Mulher e do Adolescente. Foto: SESP-PR
Duas vítimas são adolescentes e uma terceira garota tem 18 anos. O crime ocorria quando elas estavam indo para casa, justamente em locais ou bairros onde se há necessidade de cruzar por áreas rurais.

Elizangela Jubanski e Geovane Barreiro

21/01/25
às
13:40

- Atualizado há 3 minutos

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Um motorista de aplicativo de 33 anos está preso na Delegacia de São José dos Pinhais. A prisão do homem aconteceu na manhã desta terça-feira (21) e ele está sendo acusado de estuprar, pelo menos, três garotas durante corridas. Os crimes aconteceram entre dezembro e janeiro – o último no dia 4 de janeiro. O homem nega as acusações. “Dissimulado e se perde na própria mentira”, diz a delegada de polícia da Delegacia da Mulher e do Adolescente, Sandra Nepomuceno, que assumirá a pasta da Segurança Pública de São José dos Pinhais.

O homem é morador do município, atua como motorista de aplicativo há um ano e já tem histórico criminal. Para o Portal Nosso Dia, logo após a prisão, a delegada contou que o criminoso desviava a rota com as garotas no banco de trás.

“As vítimas vieram procurar a delegacia, e são garotas sem qualquer vínculo uma com a outra. Elas disseram que estavam em corridas por aplicativo, se deslocando, quando esse homem desviava a rota e as levava a um local ermo e as estuprava. Duas delas estavam no centro da cidade, fim de tarde, indo para casa e a outra garota pediu a carona por volta das 20 horas”, detalha a delegada de São José dos Pinhais.

Duas vítimas são adolescentes e uma terceira garota tem 18 anos. O crime ocorria quando elas estavam indo para casa, conforme relatado pela delegada, justamente em locais ou bairros onde se há necessidade de cruzar por áreas rurais. “Elas percebiam que o trajeto estava sendo desviado, perguntavam sobre o local e ele dizia que conhecia e que estava indo por um caminho mais perto. Ele é bastante dissimulado e convincente”, conta a delegada Sandra.

Nega

Após a prisão, o suspeito foi ouvido pela delegada e nega os estupros. “Ele já tem histórico de crimes com a mesma natureza, judicialmente, inclusive. Bastante dissimulado, ele nega todas as acusações, inclusive, as do passado. Ele é bem contraditório, diz que não é motorista de aplicativo ao mesmo tempo em que tem cadastro. Evidente que se perdeu na própria mentira dele. Ele chega a reconhecer as meninas por conta das corridas, mas nega que desviou caminho e que nada aconteceu”, diz a delegada.

Com histórico na justiça, o homem tem cadastro em diversas plataformas, mas não no aplicativo da Uber, a que iniciou o movimento de tecnologia de caronas. “A Uber negou por ter histórico criminal. Ele opera em aplicativos que são mais flexíveis nessas questões documentais”, completa.

Trauma

As três garotas vítimas do criminoso estão traumatizadas e com acompanhamento psicológico. “Duas vítimas vieram até a delegacia para prestar queixa e o terceiro caso recebemos aviso via hospital por estupro. Essa terceira teve muitos ferimentos e tentativa de atropelamento”, diz a delegada a Sandra.

Após o crime, uma das vítimas sofreu uma tentativa de atropelamento para amedrontá-la e impedi-la de procurar a polícia. Essa garota recebeu os primeiros atendimentos via ambulância do Samu, acionada por pessoas que passaram pelo local e a encontraram machucada.

As outras duas vítimas conseguiram voltar para a casa ao ligarem para familiares.

Mais vítimas

A delegada Sandra espera que, com a divulgação e prisão do suspeito, novas vítimas apareçam. “Acreditamos que tenham outras vítimas que não vieram prestar queixa na delegacia por medo, vergonha. O crime é muito violento. Ele estuprava essas vítimas de maneira muito violenta, e como essas ações são recentes, pode ser que tenhamos mais vítimas”, diz ela.

Mulheres jovens são o alvo do criminoso, que agia conforme um padrão, segundo a delegada. “Ele escolhia as vítimas, que são bem jovens, às vezes, via que elas estavam no celular aguardando uma corrida e parava oferecendo a carona por outros aplicativos, já de caso pensado”, finaliza.

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