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Motorista bêbado que matou pai e filho na Linha Verde tem prisão preventiva decretada

Até o fechamento desta reportagem, a informação era de que o rapaz não tinha sido preso
Pai e filho morreram na batida provocada pelo motorista do Veloster. Foto: Reprodução
Até o fechamento desta reportagem, a informação era de que o rapaz não tinha sido preso

Luiz Henrique de Oliveira e Geovane Barreiro

07/06/24
às
6:13

- Atualizado há 11 meses

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A Justiça decretou, em decisão tomada nesta quinta-feira (6), a prisão preventiva do motorista do Veloster que matou pai e filho no último dia 11, na Linha Verde, no bairro Pinheirinho, em Curitiba. Até o fechamento desta reportagem, a informação era de que o rapaz não tinha sido preso. O Ministério Público do Paraná (MPPR) o denunciou à Justiça por homicídio duplamente qualificado.

A decisão pela decretação da prisão preventiva foi da juíza Mychelle Stadler. Ela afirmou que diante da gravidade do caso há motivo para a decretação da preventiva. “Considerando a gravidade do resultado da ação do acusado, vitimando fatalmente metade de uma família, sem mencionar eventuais sequelas quanto às vítimas sobreviventes, resultado este decorrente de ação do réu que, em tese, extrapola os limites da imprudência no trânsito, entendo ser o caso de decretação da prisão preventiva para a garantia da ordem pública, diante da gravidade concreta do delito, impedindo-se, portanto, que novo evento tal como este ocorra“, diz o documento.

Em outro trecho da decisão, ela cita que o acusado já tinha infrações de trânsito por excesso de velocidade. “Aliado a isto, ante a existência dos vários registros de infrações por excesso de velocidade entendo que este juízo tem elemento concreto a evidenciar que pode haver reiteração criminosa, não sendo suficientes, ao menos por ora, quaisquer das medidas cautelares diversas da prisão“, apontou a juíza.

Por fim, a juíza cita que, embora solto no dia 13 após ser preso em flagrante no dia do acidente, o motorista não estava obedecendo medidas cautelares. “Há que se ressaltar que, embora solto desde 13.05.2024, não se tem notícia do início do cumprimento da medida cautelar de comparecimento em juízo, sendo certo que tem defesa constituída e não há informações sobre o motivo pelo qual não deu início a tal cumprimento“, concluiu.

Acidente

O carro em que a família estava foi atingido por um Veloster, que invadiu a pista contrária, na altura do bairro Pinheirinho. O motorista do carro que provocou a colisão admitiu que havia ingerido bebida alcoólica. O pai Evandro Ramos, de 38 anos, morreu na hora. Johan Martins de Jesus Ramos, de 15 anos, ficou internado no hospital Marcelino Champagnat e morreu uma semana depois.

Após a bater contra o carro da família, o motorista precisou de internamento, onde permaneceu por dois dias sob escolta, no Hospital São José, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana. Ele passou por uma audiência de custódia e seguiu para casa, sem necessidade de pagamento de fiança.

Após a bater contra o carro da família, o motorista precisou de internamento, onde permaneceu por dois dias sob escolta, no Hospital São José, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana. Ele passou por uma audiência de custódia e seguiu para casa, sem necessidade de pagamento de fiança.

Estado de saúde

Tânia Martins de Jesus, de 38 anos, que perdeu marido e filho no acidente está em casa. O tratamento dela continua, semanalmente. O filho dela, de dois anos, o pequeno Miguel, também apresentou melhora no quadro de saúde e deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e agora está em um quarto.

Protesto

Familiares e amigos de Evandro e de Johan protestaram na tarde do último sábado (25), no Centro de Curitiba, pedindo por Justiça.


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