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Morte de criança por estreptococo em Curitiba: Saúde não recomenda cancelamento de aulas

A decisão segue protocolos do Ministério da Saúde e tem como base o baixo risco de transmissão em ambiente escolar
Intoxicação por metanol no Paraná
(Foto: SMCS)
A decisão segue protocolos do Ministério da Saúde e tem como base o baixo risco de transmissão em ambiente escolar

Redação Nosso Dia

29/10/25
às
8:09

- Atualizado há 2 segundos

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A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba confirmou, nesta segunda-feira (27), a morte de uma criança de seis anos por doença invasiva causada pela bactéria Streptococcus pyogenes, conhecida como estreptococo do grupo A (iGAS). O caso foi registrado no último dia 24 e estava sob investigação.

Apesar da gravidade, a SMS informou que as aulas na escola onde a criança estudava foram mantidas, e não há recomendação de suspensão ou afastamento para alunos que não apresentem sintomas. A decisão segue protocolos do Ministério da Saúde e tem como base o baixo risco de transmissão em ambiente escolar.

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Para monitorar possíveis contágios, equipes da Vigilância Epidemiológica realizaram nesta segunda-feira uma ação de rastreio com familiares e colegas da vítima. Os alunos da turma da criança passaram por coletas de amostras com swab — um cotonete estéril introduzido na boca — para exames laboratoriais. O procedimento é rápido e indolor, e os pais foram previamente informados pela escola.

“Esse é o protocolo padrão para bloqueio da bactéria envolvida neste caso. O rastreio é uma medida de precaução para identificar portadores e evitar novos casos”, explicou a médica infectologista da SMS, Marion Burger.

Infecção rara e grave

De acordo com o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides Oliveira, o estreptococo do grupo A é uma bactéria que pode estar presente em pessoas saudáveis, sem causar sintomas. “Na maioria dos casos, provoca infecções comuns, como amigdalite ou escarlatina. Mas, em situações raras, pode se tornar invasiva e causar quadros graves, como pneumonia severa, meningite ou choque tóxico”, afirmou.

A transmissão ocorre da mesma forma que em infecções respiratórias leves, por gotículas de saliva, secreções nasais ou contato com feridas de pele.

Orientações à comunidade escolar

A Secretaria da Saúde orienta que os contatos próximos da criança — como colegas de turma e familiares — fiquem atentos a sinais como febre, dor de garganta e manchas vermelhas na pele. Em caso de sintomas, é recomendada a procura imediata por avaliação médica.

Para os demais pais e responsáveis, a orientação é manter os cuidados de higiene e observar sinais de gravidade em infecções comuns. “Essas doenças são facilmente tratáveis com antibióticos, mas é fundamental buscar atendimento diante de sintomas persistentes, fraqueza intensa ou febre que não cede após 24 horas de tratamento”, alertou Marion Burger.

Prevenção

Não há vacina disponível contra o estreptococo do grupo A. Para reduzir o risco de transmissão, a SMS reforça medidas simples:

  • Higienizar as mãos com frequência;
  • Evitar compartilhar copos, talheres e alimentos;
  • Manter ferimentos limpos e cobertos;
  • Garantir a ventilação dos ambientes e a limpeza de brinquedos em creches e escolas.

Casos suspeitos ou confirmados devem permanecer em isolamento até completar 24 horas de tratamento com antibióticos, conforme orientação médica.

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