- Atualizado há 28 segundos
Horas depois de o presidente nacional do Progressistas (PP), Ciro Nogueira, confirmar em Curitiba que a federação PP–União Brasil não homologará seu nome ao governo do Paraná, o senador Sergio Moro (União Brasil) reagiu e afirmou, nesta segunda-feira (9), que mantém sua pré-candidatura. Moro defendeu o diálogo entre as siglas e criticou “vetos arbitrários”, destacando que seu compromisso é com a população paranaense.
A crise entre União Brasil e PP se intensificou nas últimas semanas, culminando no anúncio de Ciro Nogueira de que a federação não apoiará a candidatura do ex-juiz e que deve buscar alinhamento com o governador Ratinho Júnior (PSD) para 2026. Informações internas no PP apontam que Moro não conseguiu construir apoio interno suficiente para viabilizar sua candidatura dentro da federação.
Para receber as principais informações do dia pelo WhatsApp entre no grupo do Portal Nosso Dia clicando aqui
Em nota, Moro disse que continuará no processo eleitoral e reforçou que a política deve ser construída com diálogo, não por meio de vetos impostos por dirigentes nacionais: “Política se faz com diálogo, respeito e não com vetos ou imposições arbitrárias. O Paraná anseia a boa política para a modernização que o estado e a sua população merecem.”
O senador afirmou que o União Brasil no Paraná mantém sua autorização nacional para seguir com a pré-candidatura ao governo: “O União Brasil Paraná segue, como autorizado pelo presidente nacional, com a sua candidatura e com o diálogo com os Progressistas. Nosso compromisso é com a boa gente do Paraná e não com interesses particulares.”
Ele também voltou a mirar os adversários que pretende enfrentar na eleição: “Nossos únicos adversários são o PT, o atraso e o crime organizado”, finalizou.
O presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, reforçou a posição do partido e classificou como inaceitável qualquer tipo de veto imposto pelo PP dentro da federação: “O União Brasil tem o senador Sergio Moro, líder absoluto em todas as pesquisas, como pré-candidato ao Governo do Estado do Paraná e irá insistir na homologação da candidatura.”
Rueda afirmou que União Brasil e Progressistas devem buscar uma solução conjunta, mas sem abrir mão do espaço do partido. “A intenção é dialogar com o Progressistas no âmbito da federação, buscando o melhor para o Paraná e também para a federação. A imposição de vetos arbitrários é inaceitável”, concluiu.
Com o veto confirmado pelo PP e a decisão do União Brasil de manter Moro na disputa, o conflito interno da federação se aproxima do ponto mais tenso desde sua construção. Enquanto Ciro Nogueira tenta consolidar apoio a Ratinho Júnior, o União Brasil resiste à retirada do ex-juiz e insiste que a candidatura mais competitiva deve ser mantida.
A reunião prevista entre Moro, Nogueira e Ricardo Barros deve definir os próximos passos. Até lá, a pré-campanha segue marcada por disputas internas, pressões regionais e negociações que podem redesenhar o cenário eleitoral do Paraná.
