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“Moradores precisam participar”: Pimentel lança revisão do Plano Diretor de Curitiba

O Plano Diretor é revisado a cada dez anos, conforme exigência constitucional pelo Estatuto das Cidades
Cidade de Curitiba - Foto: Roberto Dziura Jr/AEN
O Plano Diretor é revisado a cada dez anos, conforme exigência constitucional pelo Estatuto das Cidades

Redação Nosso Dia

11/04/25
às
15:30

- Atualizado há 1 dia

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A Prefeitura de Curitiba lançou nesta sexta-feira (11) o processo de revisão do Plano Diretor de Curitiba. Ouvindo a população, a intenção é que processo seja eficiente, para promover o desenvolvimento sustentável, com a participação da sociedade organizada. Instituído em 1966, o Plano Diretor é revisado a cada dez anos, conforme exigência constitucional pelo Estatuto das Cidades. A atual versão está vigente pela Lei Municipal 14.771/2015.

Segundo o prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, é uma oportunidade para que os moradores do bairro participem do Plano Diretor nas audiências públicas. “Oportunidade para a população que mora nos bairros de Curitiba e iniciamos hoje a discussão do plano diretor. “Nós temos uma série de temáticas, com audiências públicas por bairros e regionais da cidade. É uma oportunidade do morador discutir o futuro do bairro e eles precisam participar. Onde pode crescer, onde ter prédio, discutir o que é preciso. Será um processo amplo e democrático, durante um ano e meio”, disse o prefeito em entrevista ao Portal Nosso Dia.

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Até junho de 2026, o processo de revisão do Plano Diretor será conduzido pelo Ippuc, com o apoio do comitê estratégico de gestão, em que fazem parte os secretários municipais de Governo, Comunicação, Meio Ambiente, Urbanismo, além do Instituto Municipal de Administração Pública (Imap) e da Procuradoria-Geral do Município.

A metodologia foi desenhada com a participação da sociedade em diferentes etapas ao longo do processo, que deve ser concluído com o encaminhamento do texto da nova lei do Plano Diretor para a aprovação da Câmara Municipal. Ao longo desse período, serão realizadas oficinas comunitárias, técnicas e estratégicas, além de imersões, workshops e promoção de eventos de planejamento urbano.

Prefeito Eduardo Pimentel durante anúncio do novo Plano Diretor (Foto: Geovane Barreiro – Nosso Dia)

O trabalho tem as diretrizes do desenvolvimento sustentável presentes na Agenda 2030, documento elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Durante o evento, foram detalhadas as principais ferramentas para engajamento social. O diretor de Planejamento do Ippuc, Thomaz Ramalho, explicou os princípios sobre os quais o processo está baseado, especialmente nas questões de visão de futuro e da orientação do desenvolvimento urbano norteado pela sustentabilidade.

“Aqui há uma importante inovação no Plano Diretor de Curitiba, que até então tinha a diretriz alinhada ao transporte e que agora incorpora um conceito mais amplo, de sustentabilidade, que também olha para outras necessidades, como a questão hídrica”, avalia Ana Zornig Jayme.

Uma novidade neste ano é a cartilha ilustrada, em que as pautas foram organizadas por personas que representam as diferentes áreas de discussões comunitárias na fase de diagnóstico. “Essas personas vão ajudar a conectar a sociedade, ao criar identificação com questões do cotidiano que impactam na melhoria do ambiente urbano”, explicou Mônica Máximo da Silva, diretora de Pesquisa e Informações do Ippuc.

O leque vai desde temas ambientais, sociais, culturais, econômicos, entre outros, e abraça discussões sobre a cidade e a vida urbana, nomeados como Pessoas, Planeta, Paz, Prosperidade, Pertencimento e Patrimônio, Parcerias, Poder Público e Pesquisa e Planejamento. Quando as demandas forem transformadas em propostas, serão convertidas em eixo de desenvolvimento, como a economia, mobilidade, habitação, segurança pública e desenvolvimento social.

A estratégia de engajamento desdobrou a revisão em diferentes canais de comunicação. O site oficial do Plano Diretor concentra toda a documentação legal do processo, além de conteúdos como a cartilha, cronograma de ações e oficinas, estrutura de governança e de participação, como a possibilidade de agendamento de reuniões técnicas com a equipe do Ippuc, e o suporte do Conecta Curitiba, do Imap, com a expertise da escuta da população. Há ainda o acompanhamento do processo de Curitiba pela plataforma ReDus, rede de desenvolvimento urbano sustentável mantida pelo Ministério das Cidades, que também conecta comunidades envolvidas em ações de desenvolvimento urbano com iniciativas do governo federal e de cooperações técnicas internacionais.

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