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Morador de Pinhais integra escuderia classificada para mundial de miniaturas de F1

As miniaturas são feitas com o mesmo critério de medida de um carro oficial de Fórmula 1
Nicolas é um dos engenheiros do time e morador de Pinhais. (Foto: Divulgação)
As miniaturas são feitas com o mesmo critério de medida de um carro oficial de Fórmula 1

Redação*

01/07/25
às
7:54

- Atualizado há 8 horas

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Jovens inventores, construtores de velocidade. São atributos dos estudantes, de 16 e 17 anos, Anthony Giorgio Giacomozzi, Arthur Lucachaki Takaki, Fernanda Glouber Marcon, Gabriel Henrique Vernizze Dalke, Gabriela Chinato Pagnoncelli, Nicolas Merugo Bezerra e Tiago Chaves Fagundes. Eles compõem a Sirius Scuderia, equipe de miniaturas de Fórmula 1 classificada para o para o campeonato mundial promovido pela F1, em Singapura, em setembro próximo.

As miniaturas são feitas com o mesmo critério de medida de um carro oficial de Fórmula 1. A versão pequena percorre uma pista de 20 metros, impulsionada por uma cápsula de CO2. “O carro mais veloz, além das outras categorias (marketing, gestão de projeto, engenharia e projeto social), se classifica, ou seja, pela velocidade e pela apresentação de cada uma dessas ‘salas”, explica a professora do IFPR e orientadora da equipe, Danniella Rosa.
 

Nicolas é um dos engenheiros do time e morador de Pinhais, aluno de Técnico em Mecânica Integrado ao Ensino Médio, do Instituto Federal do Paraná (IFPR) Campus Curitiba. Sob orientação de Danniella Rosa, e dos também professores Rafael Voltolini e Wagner Frederico Chierosin Uhlmann, o pinhaense se junta aos colegas na construção das miniaturas que os levaram a conquistar o 1º lugar na Final Nacional Brasileira da STEM Racing (antiga F1 in Schools), em março deste ano. Campeã geral brasileira entre escolas públicas e privadas, a Sirius Scuderia também foi a melhor nas categorias Escrutínio e Apresentação Verbal. Além disso, ficou entre as três melhores nas categorias Empreendimento, Engenharia e Carro Mais Veloz.

(Foto: Divulgação)

“Um dos nossos principais diferenciais é que por se tratar de uma escola federal, o IFPR, temos acesso aos laboratórios. Temos uma escola técnica e toda a confecção do carro é feita por nós”, comenta o engenheiro da equipe. “Por exemplo, o ‘corpinho’ do carro é feito com poliuretano, credenciado pela própria ‘F1 in Schools’, que temos que trazer para fazer a usinagem no nosso centro de usinagem, onde extraímos material até chegar nessa geometria final. Já outros componentes são feitos em impressão 3D. Daí entra o IFPR que nos disponibiliza os laboratórios. Também desenvolvemos um teste de reação, um projeto de inovação que desenvolvemos para testar e treinar o tempo de reação da equipe ao disparar os carros nas corridas”, acrescenta.
 

O carrinho em si percorre uma pista de 20 m, como se fosse uma arrancada, impulsionado pelo gás CO2, concentrado em um cartucho acoplado na traseira do protótipo, por meio de um disparador manual. Você aperta o disparador, uma agulha fura o centro desse cartucho e o gás que está ali impulsiona o carro. Para o carro não bater nas laterais e também para não sair da superfície, uma linha de nylon que cruza a pista inteira perpassa o veículo por baixo. Então, o carro que tem os melhores tempos de reação e também de pista, seria o mais rápido. “O nosso carro é o mais rápido da competição que teve neste ano, percorrendo esses 20 m em 1 segundo”, reporta Nicolas.
 

Para chegar a esse resultado, a equipe aposta na criatividade, com os recursos que cada competidor possui sobre os mesmos materiais, já que o carrinho tem que seguir uma série de padrões. “Até onde temos registro, nossa equipe é a única no mundo a trazer essa abordagem que se chama o ‘efeito da bola de golfe’. Então, a ideia é que quando o fluxo de ar passa rente à parede ao corpo do carro, essas cavidades vão gerar um vácuo, e o fluxo vai fazer com que a camada limite se aproxime mais do corpo do carro, gerando menos arrasto, consequentemente, fazendo com que o carro seja mais rápido”, explica o engenheiro Nicolas. “Testamos diversas abordagens aerodinâmicas, como por exemplo, o software de CFD, que seria de análise de fluido aerodinâmico, um novo, de vento, que chegamos a desenvolver. Então, vai muito da sacada de cada equipe, e não só nesse aspecto. A competição não é só engenharia, todas as áreas são igualmente importantes para ganhar”, completa.
 

(Foto: Divulgação)

“Moro em Pinhais desde os meus primeiros meses de vida, nasci na primeira maternidade do município. Fui aluno do Cmei Vó Margarida, da escola José Brunetti Gugelmin, colégios Amyntas de Barros, Arnaldo Faivro Busato e, por fim, do Colégio Paulo Leminski de Curitiba”, conta o jovem Nicolas, de 18 anos. “O que mais admiro em Pinhais é a forma como o município é administrado. Desde a organização, até o atendimento da prefeitura, o acesso à educação de qualidade e a segurança, garantida pela atuação eficiente da polícia. Recentemente, visitei o gabinete da prefeita pela primeira vez e fiquei impressionado com a estrutura e a proximidade com a comunidade”, diz, orgulhoso da cidade natal.

Para custear hospedagens, passagens e materiais, a equipe abriu uma vaquinha virtual, onde espera arrecadar fundos para a disputa mundial em setembro. “Cada contribuição, de qualquer valor, ajuda a tornar esse sonho possível. A Sirius é feita de esforço, dedicação e amor pela ciência e educação pública. Com seu apoio, podemos brilhar ainda mais”, comunica a equipe.

Saiba mais sobre a Sirius Scuderia e como ajudar o projeto a ir mais longe pelos contatos:

E-mail

Instagram: Link 
Vaquinha oficial oficial da equipe

*Com informações da Prefeitura de Pinhais

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