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Moção de protesto a integrantes do PT de Curitiba é aprovada na Câmara

Moção de protesto a “fake news propagadas por integrantes do Partido dos Trabalhadores de Curitiba” foi aprovada pela Câmara de Vereadores
(Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)
Moção de protesto a “fake news propagadas por integrantes do Partido dos Trabalhadores de Curitiba” foi aprovada pela Câmara de Vereadores

Redação com CMC

10/04/25
às
15:08

- Atualizado há 1 semana

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Na quarta-feira (9), por 21 a 4 votos, os vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovaram uma moção de protesto “às fake news propagadas nos dias 2 e 3 de abril pelos integrantes do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores”. Protocolado pelo vereador João Bettega (União), o requerimento, na prática, funciona como um desagravo do Legislativo a três situações apresentadas pelo parlamentar e por Eder Borges, descritos na justificativa da moção.

O plenário da CMC acatou os argumentos de Bettega quanto ao vereador Eder Borges (PL) ter sido injustamente qualificado como “defensor de estupradores de menores de idade” por Marina Poniwas, vice-presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), durante a Tribuna Livre do dia 2 de abril. No mesmo dia, Bettega apontou ter sido acusado de “estuprador” por uma das manifestantes presentes à CMC, contra quem abriu processo judicial por calúnia. “Nunca toquei um dedo em uma mulher sem autorização”, defendeu-se Bettega, em plenário.

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Quanto ao dia 3, Bettega se queixou de a vereadora Giorgia Prates – Mandata Preta (PT) ter publicado um vídeo, em suas redes sociais, “dando a entender que este parlamentar teria dito que ‘bate nela todos os dias’, dando ampla divulgação a isto”. “As imagens mostram, [que] o vereador disse à petista que ‘debate com ela todos os dias’. Toda essa estratégia tem o fito de vincular a pecha de violento a este parlamentar, uma forma de deslegitimar toda a história de combate que os vereadores de direita têm perante as causas de esquerda”, afirma o parlamentar na justificativa.

“A disseminação deliberada de fake news e o uso estratégico da calúnia contra adversários políticos emergem como ameaças diretas à democracia, corroendo a confiança pública, distorcendo o debate político e enfraquecendo as instituições democráticas. Ao transformar mentiras em ferramentas políticas, agentes autoritários não apenas manipulam a percepção da realidade, mas também alimentam a polarização social e o discurso de ódio, minando a capacidade coletiva de tomar decisões informadas e favorecendo contextos propícios à ascensão de líderes populistas e antidemocráticos”, diz Bettega, na justificativa da moção aprovada pela CMC.

Vereadores do PT criticaram apresentação da moção em plenário

Em plenário, o contraponto foi feito pelo vereador Angelo Vanhoni (PT), que lembrou dos ânimos acirrados no dia 2 de abril, quando a Tribuna Livre sobre a resolução 258/2024 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente transformou-se em ato contra o aborto. “Se a Câmara de Curitiba for discutir fake news [uma a uma], acabou a Câmara de Vereadores. Não é este o papel da Casa. Eu quero parabenizar a Giorgia pelo entrevero que teve com o senhor, porque o senhor é contra a resolução do Conanda. Não acho que a discussão tenha que ser levada na temperatura emocional que o senhor quer colocar para essa discussão. O aborto não é unanimidade dentro do PT”, rebateu.

“Desconheço na história desta Casa outra moção de repúdio a partidos políticos, batendo de forma deliberada, como o Bettega está fazendo”, questionou Vanda de Assis (PT). “Naquela hora, o vereador saiu [às galerias do Palácio Rio Branco, onde havia manifestantes] provocando as mulheres, tudo que ele queria era uma mulher dialogando com ele, sobre qualquer assunto, para ele fazer cortes paras as redes sociais. Infelizmente, a companheira que entende que quem defende estuprador também é estuprador disse isso para o senhor”, disse a parlamentar, sobre o episódio da calúnia.

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