O presidente nacional do Partido Novo, Eduardo Ribeiro, afirmou em Curitiba que, apesar de ideologicamente ser contra, a sigla deve passar a usar o fundo eleitoral destinado para as eleições, que é um dinheiro público destinado ao financiamento de campanhas eleitorais de candidatos políticos. Para defender a quebra de uma das normas do Novo, Ribeiro afirmou que é melhor usar do que deixar o recurso para a primeira dama Janja Lula da Silva comprar um avião. (Assista parte do discurso de Ribeiro no decorrer da matéria)

“Somos contra, mas isso aumenta todo ano. Ficamos com dificuldades para captar recursos para nossas campanhas . Essa é uma discussão que vai avançar. Se for pra devolver para a Janja comprar um avião, prefiro usar para eleger um senador e mudar as leis. Mesmo com esse pragmatismo, em nenhum momento abrimos mão daquilo que defendemos”, afirmou Ribeiro.

O presidente do Novo participou em Curitiba, ao lado do embaixador do partido, o ex-deputado Deltan Dallagnol, de um evento mirando estratégias para as eleições municipais de 2024 no Paraná. Outro ponto abordado por Ribeiro foi o uso do fundo partidário pelo partido a partir deste ano.

“O uso do fundo partidário foi um dogma do Novo. Nunca conseguimos devolver, não existe mecanismo de devolver e os partidos não vão permitir. Diante de um contexto diferente, porque em 2011 era uma fração, e doações eram permitidas, vindas de empresários, passamos a usar para ocupar os espaços, trazer filiados e fazer o partido crescer”, destacou.

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Ainda no discurso aos filiados, o presidente do Novo comemorou a chegada de Deltan e salientou o crescimento do partido nos últimos meses. “Estamos tendo um aumento de filiados depois de uma queda e sabemos o motivo (sem citar diretamente o ex-presidente do Novo, João Amoedo). Agora estamos crescendo e temos a chance de consolidar a instituição que a gente sempre sonhou, já pensando em 2026. Não sabemos com estará o cenário, mas vamos fazer a nossa parte”, disse.

Por fim, Ribeiro destacou o desafio de fazer o Novo chegar até as grandes massas. “Nas grandes massas, poucos conhecem o Novo, mas quando em pesquisas você coloca os nossos princípios, elas gostam. Temos um produto excepcional, mas que não consegue chegar às pessoas. Por isso, é importante levar a todos que o partido é bom. Qual outro filiado tem coragem de sair com a camisa do partido na rua?”, concluiu.