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Médica acusada por mortes em UTI de Curitiba não irá a júri popular, decide Justiça

A médica é acusada de antecipar a morte de pacientes internados nas UTIs do Hospital Evangélico, em Curitiba, entre 2006 e 2013
Ela era funcionária do Hospital Evangélico desde 1988 e chefiava a UTI geral desde 2006 - Foto: Reprodução/TV Globo
A médica é acusada de antecipar a morte de pacientes internados nas UTIs do Hospital Evangélico, em Curitiba, entre 2006 e 2013

Redação

17/03/23
às
9:08

- Atualizado há 2 anos

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Desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) decidiram, nesta quinta-feira (16), que a médica Virgínia Soares de Souza não irá a júri popular. A médica e outros colegas de trabalho são acusados de antecipar a morte de pacientes internados nas UTIs do Hospital Evangélico, em Curitiba, entre 2006 e 2013.

Ao acatar recursos das defesas dos acusados, a Justiça revoga a decisão de 2021, que havia definido o julgamento no Tribunal do Júri de Curitiba. Em 2017, Virgínia foi inocentada em primeira instância pelas mortes e ganhou direito a uma indenização de R$ 4 milhões do hoje Hospital Universitário Evangélico Mackenzie.

A médica Virgínia Soares de Souza — Foto: Reprodução/RPC

Com a decisão desta quinta-feira (16), a médica será julgada por um juiz de primeira instância. Em nota, o Ministério Público do Paraná (MPPR), responsável pela denúncia, afirmou que “adotará as medidas cabíveis no sentido de recorrer para que o caso seja julgado pelo Tribunal do Júri”. Em março de 2013, ela e outras sete pessoas foram denunciadas por homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha.

De acordo com o órgão, a médica é responsável pela prática de outros 82 homicídios, além dos sete que a levaram à prisão. “As respectivas ações penais encontram-se em fase de instrução judicial. Existem, ainda, mais de 100 inquéritos policiais em trâmite relacionados aos ilícitos praticados pelos denunciados”, completa a nota.

Ainda segundo o MP, Virgínia e os outros sete acusados são responsáveis por ministrar os medicamentos Pavulon (pancurônio) ou Tracrium (dibesilato de atracurium) nos pacientes, causando paralisia neuromuscular nas vítimas e os levando à morte por asfixia. A defesa dela nega as acusações.

Em 2013, a médica disse, em entrevista ao Fantástico (Globo), que nunca foi negligente: “Nunca fui imprudente, nunca tive uma infração ética registrada, uma queixa e exerci a medicina de forma consciente e correta”. Ela era funcionária do Hospital Evangélico desde 1988 e chefiava a UTI geral desde 2006.

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