Em torno de 10 mil pessoas fizeram uma passeata no Centro de Curitiba, até a a Assembleia Legislativa do Paraná, na manhã desta quarta-feira (20), contra a ADI 7796 que tramita no Supremo Tribunal Federal e em defesa da educação especial do estado.

A ADI questiona a legalidade de leis estaduais do Paraná que garantem apoio a escolas especializadas, como as APAEs, no contexto da educação especial. A ação, movida pela Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD), argumenta que essas leis promovem segregação e violam o princípio da inclusão. 

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Ticiana das Graças, pedagoga da Escola Noly Zander, em Ponta Grossa, participou da passeata e afirmou ao Portal Nosso Dia que as escolas especiais não podem acabar. “Os pais têm o direito de optar em onde seus filhos vão estar estudando. O nosso público são crianças com múltiplas deficiências, sem autonomia para higiene e alimentação, é um público que precisa que nós sejamos tudo por eles”, disse.

Célia Godói, da Apae de Siqueira Campos, disse que a ADI 7796 coloca em risco às escolas especializadas do Paraná. “As crianças especiais serão prejudicadas. Os pais devem escolher a escola para os filhos. Somos escolas estruturadas, com atendimento especializado, bem equipadas para atender as crianças especiais”, falou.

Para o deputado Pedro Paulo Bazana, um dos responsáveis pela manifestação, se a medida for validada pelo STF trará um grande impacto negativo ao Paraná. “O Paraná traz a verdadeira inclusão social, atendendo com respeito e dignidade. Estamos mostrando ao Brasil que o nosso trabalho acontece. Todos os deputados estão unidos em prol das escolas especializadas. Não concordamos que as escolas segregam os alunos”, pontuou

O secretário de Desenvolvimento Social e Família do Paraná, Rogério Carboni, também reforçou a importância da manutenção das APAEs no Paraná. Uma caminhada importante contra a ADI do STF. Esta ação quer retirar o apoio às escolas especializadas. 83% estão no ensino regular, mas há pessoas que precisam de um apoio maior e por isso as escolas especializadas dão esse apoio maior”, disse.