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SEGURANÇA

Mãe de adolescente morto pela GM espera que caso vá a júri popular

Manifestação intitulada de "Caminhada pela Vida" está prevista para ocorrer às 11h de sábado (8), na Boca Maldita, no Centro de Curitiba
Caio Jose, de 17 anos, foi morto com um tiro na cabeça durante abordagem da Guarda Municipal, em 25 de março
Manifestação intitulada de "Caminhada pela Vida" está prevista para ocorrer às 11h de sábado (8), na Boca Maldita, no Centro de Curitiba

Redação

06/04/23
às
10:41

- Atualizado há 2 anos

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Lilian Ferreira da Silva, a mãe de Caio José Lemes, adolescente de 17 anos morto durante abordagem da Guarda Municipal (GM), afirmou nesta quinta-feira (6) esperar que o caso seja julgado no Tribunal do Júri. Em entrevista ao Portal Nosso Dia, ela agradeceu aos organizadores de protestos que têm ocorrido e Curitiba e disse que “a verdade está aparecendo”.

Promovida pelo deputado estadual Renato Freitas (PT), uma manifestação intitulada de “Caminhada pela Vida” está prevista para ocorrer às 11h de sábado (8), na Boca Maldita, no Centro de Curitiba. O objetivo é cobrar justiça pala morte de Caio. Os protestos, diz o parlamentar, devem ocorrer mensalmente.

Foto: Divulgação/Renato Freitas

“Me sinto bem aliviada com os protestos que têm ocorrido porque a verdade está aparecendo. É uma sujeirada de mentiras. Está se confirmando tudo que já sabíamos. Os protestos estão sendo feitos com apoio do Renato Freitas para que o caso não caio no esquecimento”, afirmou Lilian.

Ao afirmar que acredita na hipótese de que o agente responsável pelo disparo que matou seu filho assumiu o risco de matar, ela revelou esperar que o caso vá a júri popular. “Ouvi muito que ele não deveria ter corrido, mas até eu correria. Sabemos que a polícia é arbitrária, truculenta, e meu filho correu por medo”, acrescentou.

Foto: Divulgação/Renato Freitas

De acordo com ela, faltam 20 dias para o laudo da perícia ficar pronto, o qual deve apontar a dinâmica do disparo contra Caio e contribuir para a responsabilização dos agentes.

Faca ‘plantada’

Um dos guardas municipais envolvidos na abordagem que terminou com a morte do estudante Caio José Ferreira de Souza Lemes disse em depoimento que o adolescente não estava como uma faca. A versão contradiz a primeira apresentada, já que os agentes afirmaram ter apreendido uma faca de 25 centímetros no boné do garoto.

O adolescente morreu com um tiro na cabeça durante a abordagem de uma equipe da Guarda Municipal (GM) no fim de março. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de um tiro acidental e fraude processual, pelo fato da faca ter sido colocada junto ao corpo do adolescente.

“Finalmente saberemos como foi esse tiro, porque tenho certeza que se não foi homicídio doloso, com intenção, ele assumiu todos os riscos de matar quando foi revistar o Caio com a arma engatilhada”, disse a mãe do adolescente ao Portal Nosso Dia.

Câmeras em fardas

As câmeras acopladas às fardas dos agentes envolvidos na ocorrência e morte de Caio José estavam ligadas, mas não gravaram a ação, segundo a própria corporação. A defesa deles disse que eles não tiveram tempo de ligar os equipamentos.

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