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A saída de Luizão Goulart, ex-deputado federal e atual secretário da Administração e da Previdência, do Solidariedade era questão de tempo. Daqui poucos dias, Luizão vai anunciar oficialmente que está indo de mala e cuia ao PSD, partido do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Jr. Segundo Luizão, a migração é ‘natural’ diante do alinhamento político e administrativo com o governo estadual. O secretário quer voltar ao Congresso por meio das eleições do ano que vem, após ter ficado de fora mesmo com 96 mil votos por questões de coeficiente eleitoral.
Ao Portal Nosso Dia, o secretário da Administração e da Previdência defende que a chegada no PSD tem a influência do governador do Paraná. “É um governo que está, em relação aos outros estados, muito na frente em eficiência administrativa, sustentabilidade, equilíbrio das contas públicas, investimentos em grandes obras, principalmente em grandes obras de infraestrutura, estruturantes. É uma satisfação fazer parte”, disse.
Além de integrar a gestão estadual, Luizão traz no currículo a experiência como deputado federal entre 2019 e 2023 e duas vezes prefeito de Pinhais. Ele tentou a reeleição para a Câmara em 2022, somou 96.543 votos, mas ficou fora porque o Solidariedade não atingiu o quociente eleitoral. Na época, Luizão era presidente estadual do partido. “Apesar da boa votação, eu não consegui completar a legenda do Solidariedade. Claro que causou uma frustração para o partido”, contou.
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A saída de Luizão do Solidariedade já era sabida desde o início do ano, quando Fernando Francischini assumiu a presidência do Solidariedade no Paraná diretamente com Paulinho da Força, presidente nacional da legenda.
Para Luizão, o comando de um partido tem seus prós e os contras. “Ele dá mais autonomia, dá mais liberdade, como foi o caso de eu querer disputar a Prefeitura de Curitiba. Eu não tive nenhum impedimento em relação a isso porque eu estava no comando do partido. É diferente do que se eu quisesse disputar a eleição de Curitiba por um outro partido, por exemplo, se eu estivesse no PSD. Jamais seria possível, porque o candidato do PSD é o atual prefeito”, destacou.
“Ao mesmo tempo que tem mais liberdade, tem a dificuldade de montar a chapa. Essa é a parte que eu acabei falhando, não consegui montar uma chapa adequada para poder fazer a legenda e eleger, ter representação. Mas, saio do Solidariedade super tranquilo, tenho um bom relacionamento com a direção nacional do partido, também””, completou.
A transição, garante Luizão, ocorre sem ruídos, afinal, a prefeita de Pinhais, Rosa Maria, uma de suas principais aliadas, já integra o partido.
A nova sigla já sabe sobre a intenção de Luizão, que destacou que o convite para entrar no PSD partiu diretamente de Ratinho Junior.
“Estou vislumbrando as eleições do próximo ano. Eu pretendo ser candidato a deputado federal. Quero reforçar o time do governador. Me sinto privilegiado por fazer parte de um time de muito sucesso. Nada mais natural do que estar no mesmo partido do governador. Vamos trabalhar para fazer um terço das cadeiras do Paraná. O partido tem condições de eleger até dez deputados federais”, afirmou.
O secretário também avaliou o cenário nacional e defendeu que o governador Ratinho Junior reúne condições para disputar a Presidência. “Hoje não existe um estado que se compare ao Paraná em entregas. O governador tem quase 90% de aprovação. Ele é um nome completo e diferenciado no cenário nacional.”
Sobre 2026 no Paraná, Luizão evitou cravar nomes, mas reforçou que confia na capacidade de articulação de Ratinho Junior. “Ratinho é a pessoa mais hábil politicamente no nosso estado. Ele terá sabedoria para indicar o melhor caminho, acomodando os aliados. Hoje não há pressa.”