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O empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, afirmou que o número de furtos nas unidades da empresa aumentou consideravelmente desde que a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) proibiu a divulgação de vídeos mostrando o rosto de suspeitos flagrados cometendo crimes dentro das megalojas.
Hang anunciou neste domingo (10) que a empresa voltará a publicar os vídeos mensais com registros de furtos, mas agora com o rosto dos criminosos coberto, em cumprimento à determinação da ANPD. Segundo ele, a decisão de restringir as imagens favoreceu a impunidade.
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“Voltaremos a publicar, mensalmente, os vídeos das pessoas furtando nas nossas megalojas, agora, com o rosto dos criminosos tampado, conforme determinação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados. Desde que fomos proibidos de mostrar as imagens, o número de ocorrências disparou. Um verdadeiro absurdo!”, declarou o empresário em suas redes sociais.
Assista ao vídeo:
Voltaremos a publicar, mensalmente, os vídeos das pessoas furtando nas nossas megalojas, agora, com o rosto dos criminosos tampado, conforme determinação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).
— Luciano Hang (@LucianoHangBr) November 9, 2025
Desde que fomos proibidos de mostrar as imagens, o número de ocorrências… pic.twitter.com/bpW03wV3oZ
A Havan costumava divulgar gravações de segurança que mostravam furtos cometidos nas lojas em diferentes regiões do país. A prática foi alvo de questionamentos da ANPD por violar a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que proíbe a exposição pública de pessoas sem autorização, mesmo em casos de flagrante.
Segundo Hang, a divulgação dos vídeos servia como ferramenta de conscientização e prevenção. “Quando mostrávamos, os furtos diminuíam. As pessoas sabiam que poderiam ser expostas e pensavam duas vezes antes de roubar”, afirmou.
A ANPD, por outro lado, reforça que o combate ao crime deve ser feito por meio das autoridades competentes e dentro dos limites legais de proteção à privacidade. A publicação de imagens de suspeitos pode configurar violação de direitos fundamentais, especialmente se não houver sentença judicial.
A rede Havan possui mais de 180 lojas em todo o Brasil e emprega cerca de 20 mil funcionários. Hang não divulgou números oficiais sobre o aumento das ocorrências, mas disse que a empresa reforçou a segurança interna e segue colaborando com as forças policiais em cada caso.