- Atualizado há 3 horas
O projeto de duplicação da PR-412, principal ligação entre Guaratuba e Santa Catarina, finalmente saiu do papel. O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) confirmou nesta quarta-feira (8) o resultado final da licitação que define o consórcio responsável pela obra, avaliada em R$ 254,5 milhões. O trecho de 12,8 quilômetros vai da divisa com Santa Catarina até o acesso ao balneário de Coroados — um dos mais movimentados do litoral paranaense.
O Consórcio Construtor Litoral PR-412 — formado pelas empresas Luiz Costa Ltda., Ellenco Construções Ltda. e Geosistemas Engenharia — venceu a disputa após análise de recursos. O grupo será responsável por elaborar tanto o projeto básico quanto o executivo e executar a duplicação, conforme o modelo de contratação integrada.
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O cronograma prevê 12 meses para os projetos e 18 meses para as obras, a partir da assinatura do contrato e da ordem de serviço. A homologação do resultado deve ocorrer nas próximas semanas.
A nova PR-412 terá pistas de 3,6 metros e acostamentos de 2,5 metros, separadas por um canteiro central de 2,2 metros. Estão previstas ainda:
A duplicação da PR-412 é uma das promessas mais antigas do Litoral, especialmente durante a temporada de verão, quando o tráfego entre Guaratuba e Itapoá chega a travar por horas. Moradores e comerciantes da região comemoram o avanço, mas também cobram atenção ao cronograma e aos impactos ambientais que a obra pode gerar.
“É um investimento grande, mas o que o povo quer ver é máquina na pista”, comenta um comerciante de Coroados. “Todo ano falam que vai começar, agora esperamos que aconteça de verdade.”
A rodovia é também estratégica para o turismo e o escoamento de cargas da região Sul, conectando o ferry boat de Guaratuba à BR-101, em Santa Catarina.
O projeto integra o pacote de obras rodoviárias do governo estadual, que prevê cerca de R$ 1,4 bilhão em investimentos em rodovias de concreto na região Central e Litoral, além dos dois últimos lotes de concessões rodoviárias que devem ir a leilão em outubro.
Com a duplicação, o governo espera melhorar a fluidez do trânsito, reduzir acidentes e fortalecer a integração entre Paraná e Santa Catarina — embora o desafio, como lembram especialistas, esteja em garantir que os prazos e padrões de qualidade sejam cumpridos.