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São José dos Pinhais /
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Justiça proíbe pedagogo suspeito de assédio de se aproximar de alunas e frequentar escolas em SJP

A advogada Fernanda Araújo, que representa cinco alunas que denunciaram o pedagogo, afirmou ao Portal Nosso Dia que a decisão da Justiça foi recebida com muita satisfação
Cartazes colocados no colégio Unidade Polo (Foto: Reprodução)
A advogada Fernanda Araújo, que representa cinco alunas que denunciaram o pedagogo, afirmou ao Portal Nosso Dia que a decisão da Justiça foi recebida com muita satisfação

Luiz Henrique de Oliveira

06/11/23
às
13:57

- Atualizado há 1 ano

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A Justiça de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, concedeu medida protetiva às cinco alunas que acusam um pedagogo de assédio em duas escolas estaduais da cidade. A decisão foi tomada na semana passada e, além de proibir o acusado de se aproximar das estudantes, restringe o acesso dele aos colégios Unidade Polo e Juscelino Kubitschek de Oliveira, onde teriam acontecido os casos.

Conforme a decisão, o pedagogo está ‘proibido de aproximar-se das vítimas, de sua residência e de seu local de estudo, fixando 300 (trezentos) metros como limite mínimo de distância e de tentar manter contato com as vítimas, por qualquer meio de comunicação’. A Justiça de São José dos Pinhais também o ‘proibiu de deixar a cidade de São José dos Pinhais sem autorização’ e frequentar os dois colégios onde as garotas estudam e teriam acontecido os assédios.

A advogada Fernanda Araújo, que representa cinco alunas que denunciaram o pedagogo, afirmou ao Portal Nosso Dia que a decisão da Justiça foi recebida com muita satisfação. “Foram ouvidas as meninas e outros pedagogos da escola e a juíza entendeu, com toda a documentação e depoimentos, pela medida protetiva. É importante porque ele ainda visualizava stories de algumas das meninas”, destacou.

A mãe de uma das alunas vítimas de assédio comemorou a decisão da Justiça e lembrou aos pais de sempre estarem atentos ao que os filhos têm a dizer. “Fomos informadas sobre a medida protetiva e agora como mãe me sinto muito mais segura. Quero deixar claro que os pais precisam ouvir sempre os filhos, não se calem, porque assédio não é elogio”, afirmou.

O caso

Os casos de assédio, conforme a advogada, aconteceram nos Colégios Estaduais Juscelino Kubitschek de Oliveira e Unidade Polo. As alunas denunciam que o pedagogo agia sempre da mesma forma, com comentários inapropriados.

“As meninas fizeram BOs e houve questões de assédio com elas envolvendo este mesmo pedagogo. Em dos casos, ele ia ajudar a menina a ir até o carro da mãe e disse que ‘hoje conheceria a sogra.’ No outro, a aluna estava em um momento de vulnerabilidade e foi conversar com o pedagogo, quando ele diz: ‘eu levo você para morar comigo, você lembra a minha ex-mulher. São comentários inapropriados que ele tinha com as meninas”.

Devido aos casos de assédio, estudantes fizeram manifestações nos colégios e o pedagogo foi afastado. Relembre nota enviada pela Secretaria Estadual de Educação (Seed) referente à situação do pedagogo:

Nesta sexta-feira (20) o professor acusado de assédio no Colégio Estadual Unidade Polo, de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (RMC), não compareceu à instituição e segue respondendo Processo Administrativo Disciplinar (PAD), sob condução da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR).

Enquanto o procedimento não for concluído o Núcleo Regional de Educação (NRE) da Área Metropolitana Sul avalia proceder com remanejamento do docente para outra função e local de trabalho.

A Secretaria de Estado da Educação reafirma seu compromisso com a integridade e segurança de toda a comunidade escolar e seguirá atuando de forma rigorosa e responsável diante de situações dessa natureza.

O Portal Nosso Dia não conseguiu contato com a defesa do pedagogo. O espaço permanece aberto caso ele queria se posicionar.

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