- Atualizado há 3 anos
A Justiça Eleitoral do Paraná esteve neste sábado, 3, no apartamento do ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) em Curitiba para apreender material de campanha. Ele é candidato ao Senado e declarou o imóvel como comitê eleitoral, por isso as buscas foram feitas no apartamento.
O Estadão apurou que ele e a mulher, Rosângela Moro, não estavam em casa. Um vizinho advogado acompanhou as equipes, que não encontraram grande volume de material.
A decisão que autorizou a operação é da juíza Melissa de Azevedo Olivas, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Ela considerou que o material está em desacordo com a legislação por não mostrar o nome dos suplentes na proporção mínima exigida pela Justiça Eleitoral.
“É evidente a desconformidade entre o tamanho da fonte do nome do candidato a senador relativamente a dos suplentes”, escreveu.
A juíza atendeu a um pedido da Federação Brasil da Esperança no Paraná, do PT, representada pelo advogado Luiz Fernando Peccinin, que acusa o ex-juiz de tentar “esconder” os suplentes. A expectativa é que novas buscas sejam solicitadas pela federação, em gráficas e em outros pontos de apoio usados pela campanha.
A decisão também determina a remoção de uma centena de publicações com propaganda das redes sociais.
Sobre a operação, a assessoria de imprensa de Moro emitiu a seguinte nota:
“A busca e apreensão se refere tão somente à, supostamente, os nomes dos suplentes não terem o tamanho de 30% do nome do titular. Todavia, isso não corresponde com a verdade. Os nomes estão de acordo com as regras exigidas, sendo assim, a equipe jurídica pedirá a reconsideração da decisão.
A busca e apreensão foi feita na residência, uma vez que o endereço foi indicado no registro da candidatura. Repudia-se a iniciativa agressiva e o sensacionalismo da diligência requerida pelo PT.”