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A Justiça do Paraná, em audiência de custódia nesta quarta-feira (9), decidiu soltar a professora presa por amarrar a uma cadeira um menino de 4 anos em uma escola particular em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. A criança tem Transtorno do Espectro Autista (TEA) e foi flagrada amarrada na última segunda-feira, após uma denúncia chegar ao Conselho Tutelar.
Como medida cautelar, a professora será monitorada por tornozeleira eletrônica. Aos conselheiros tutelares, a mulher afirmou que amarrou a criança porque ela estava muito agitada, para tentar comer e porque os outros alunos também estavam ficando agitados.
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A Polícia Civil segue com as investigações do caso. Após o flagrante vir à tona, mais um pai afirmou ter recebido imagens da filha, de 3 anos, dormindo com as mãos amarradas na mesma escola. A diretora da instituição deverá ser ouvida nesta quinta-feira (10) na Delegacia de Araucária.
Segundo a advogada dos pais da criança, Daniely Mulinari, o caso veio à tona por uma denúncia que chegou ao Conselho Tutelar. “A criança estava amarrada no banheiro da escola. É uma criança de 4 anos, grau 3 de autismo e que estava há 3 anos na escola. Há vídeo da criança também amarrada na sala da coordenadora. Então, não é algo pontual, mas que vinha acontecendo”, disse.
De acordo com a advogada, há áudios que incriminam outros profissionais pelo crime de omissão de socorro. “Queremos Justiça para que todos os funcionários da escola respondam por isso. Passei as denúncias ao Conselho Tutelar para que essa escola seja fechada. Fica a dúvida, como ela é uma criança não verbal, por quanto tempo estava passando por isso?”, questionou.
A mãe da criança, Mirian de Oliveira, falou que não suspeitava que isso estava acontecendo. “Ele vinha irritado, mas a gente nunca imaginaria que isso estava acontecendo. Você não procura uma escola para que seu filho seja amarrado no banheiro, porque não dão conta para cuidar dele”, lamentou.
O caso segue sob investigação.