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Justiça autoriza prisão domiciliar a Fernando Gomes, com uso de tornozeleira eletrônica

Comentarista está proibido de manter contato com outros investigados na Operação que apura irregularidades em contratos da área da saúde em Fazenda Rio Grande
Fernando Gomes recebeu autorização judicial para cumprir prisão domiciliar, em razão de problemas de saúde - Foto: Reprodução
Comentarista está proibido de manter contato com outros investigados na Operação que apura irregularidades em contratos da área da saúde em Fazenda Rio Grande

Redação

13/10/25
às
22:48

- Atualizado há 19 segundos

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O comentarista esportivo Abrilino Fernandes Gomes, 78 anos, conhecido como Fernando Gomes, teve a prisão preventiva substituída por prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica e cumprimento de medidas cautelares diversas, conforme decisão divulgada na noite desta segunda-feira (13). Segundo as investigações, ele é apontado como elo entre a empresa AGP Saúde e agentes públicos de Fazenda Rio Grande, facilitando a assinatura de contratos fraudulentos que teriam movimentado cerca de R$ 10 milhões. A informação foi apurada e divulgada em primeira mão pelo Blog Politicamente.

A determinação é do desembargador Kennedy Josué Greca de Mattos, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Apesar da mudança no regime de prisão, o magistrado manteve a ordem de afastamento de cargos públicos, embora Gomes já tenha sido exonerado no mês passado da função que exercia na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

Além disso, o comentarista está proibido de manter contato com outros investigados na Operação Fake Care, conduzida pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), que apura irregularidades em contratos da área da saúde.

Entre os presos na operação deflagrada na último dia 9 de outubro, estão o prefeito de Fazenda Rio Grande, Marco Marcondes; o secretário municipal de Fazenda, Francisco Roberto Barbosa; o empresário Samuel Antônio da Silva Nunes; e o auditor do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR), Alberto Martins de Faria, apontado como principal articulador do esquema.

De acordo com a decisão, Fernando Gomes precisará de autorização judicial para eventuais deslocamentos, inclusive para atendimentos médicos, que deverão ser devidamente comprovados nos autos.

Segundo o magistrado, documentos apresentados pela defesa apontam que o comentarista é hipertenso, sofre de perda auditiva severa bilateral e possui hiperplasia prostática benigna, o que demanda tratamento constante e uso diário de medicamentos.

O Complexo Médico Penal (CMP), unidade prisional especializada no atendimento a detentos com necessidades médicas específicas, informou ao TJ-PR que não dispõe de estrutura suficiente para atender adequadamente às condições clínicas de Gomes.

O CMP afirmou que o comentarista apresenta doenças crônicas e progressivas e necessita de acompanhamento de profissionais e especialidades externas ao sistema prisional, o que reforçou o entendimento do magistrado pela concessão da prisão domiciliar.

Mesmo diante disso, o desembargador destacou que permanecem fortes indícios de envolvimento de Fernando Gomes em organização criminosa voltada à prática de crimes contra a administração pública, como corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e contratação ilegal.

As investigações indicam que o comentarista teria atuado como intermediário entre a empresa AGP Saúde, contratada pela Prefeitura de Fazenda Rio Grande, e agentes públicos de diversos municípios, facilitando contratos fraudulentos.

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