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Justiça absolve mulher acusada de maus-tratos a cerca de 300 animais em Curitiba

Ainda cabe recurso à decisão, mas, com a absolvição, Maria Inês Demeterco é considerada inocente das acusações
Justiça entendeu que mulher buscava constantemente soluções para a situação precária dos animais (Foto: Polícia Civil)
Ainda cabe recurso à decisão, mas, com a absolvição, Maria Inês Demeterco é considerada inocente das acusações

Redação*

17/10/25
às
18:03

- Atualizado há 7 horas

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A Justiça de Curitiba absolveu, nesta sexta,-feira (17) Maria Inês Demeterco, que havia sido acusada de manter cerca de 300 animais em condições insalubres de higiene e alimentação. A decisão encerra o processo que tramitava desde 2023 e que teve grande repercussão à época.

Em sua sentença, o magistrado destacou que as provas produzidas no curso da ação demonstraram que Maria Inês buscava constantemente soluções para a situação precária dos animais, mantendo contato com órgãos públicos, solicitando doações e realizando, dentro de suas possibilidades, os cuidados básicos de alimentação e tratamento.

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“As provas demonstram que a ré tentava buscar constantemente soluções para a situação precária dos animais, mantinha contato com órgãos públicos, pedia doações e, na medida do possível, realizava cuidados básicos de alimentação e tratamento”, diz trecho da decisão.

A advogada Ana Caroline Montanini, responsável pela defesa de Maria Inês, comemorou o resultado e ressaltou que a sentença reconhece o esforço da cliente em cuidar dos animais em meio a dificuldades estruturais e financeiras.

“Sempre afirmamos que Maria Inês jamais teve a intenção de praticar maus-tratos. Pelo contrário: ela dedicou sua vida à causa animal, dilapidou todo seu patrimônio e buscou ajuda de diversas instituições. A Justiça, agora, confirma essa verdade”, afirmou Montanini.

Justiça entendeu que mulher buscava constantemente soluções para a situação precária dos animais (Foto: Polícia Civil)

O caso ganhou repercussão em 2023, quando Maria Inês chegou a ser presa preventivamente e posteriormente liberada mediante fiança. À época, o Ministério Público do Paraná ofereceu denúncia por maus-tratos, mas a defesa, durante a instrução, demonstrou que existiam centenas de protocolos junto à Prefeitura e outros órgãos públicos relatando a real situação do abrigo e solicitando apoio para a alimentação e o tratamento dos animais.

Ainda cabe recurso à decisão, mas, com a absolvição, Maria Inês Demeterco é considerada inocente das acusações.

O advogado Criminalista e voluntário do Instituto Fica Comigo, Ygor Nasser Salah Salmen, lamentou a decisão:

“O assassinato de centenas de vidas inocentes não pode ser resumido em poucas palavras, tampouco na simples afirmação de que a ré “tentou agir para evitar o resultado, ainda que de forma desorganizada e insuficiente”.Esses animais morreram de forma indefesa. Entraram naquela residência para morrer. Quando foram resgatados, talvez tenham sentido, por um breve instante, a esperança de sobreviver — mas o que receberam foi, na verdade, uma sentença de morte.A decisão proferida é inexplicável. Inaceitável. Quem esteve naquele local e viu as centenas de ossos espalhados pelo chão sabe o horror do que aconteceu.Vamos recorrer. A verdade e a justiça precisam prevalecer”, afirmou em nota.

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