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Após receber alta do Hospital Universitário (HU) de Londrina, no Norte do Paraná, a jovem Isabelly Ferreira Moro, de 23 anos, falou à RPCTV sobre o que lembra do caso e da recuperação. Ela foi atacada com soda caústica pela atual namorada de um ex, em Jacarezinho, no Norte Pionero, no dia 22 de maio.

"Nunca tive contato ou falei algo para ela. Era uma pessoa que era invísivel, então não sei o que é provocar. Foi um término complicado, por volta da virada do ano, mas desde então nunca mais tive contato com ele ou falei algo para ela. Pode até ter existido a mensagem, mas quando a gente se relacionou", completou.

Sobre a recuperação, Isabelly afirmou que está bem e comemorou não ter sofrido sequelas. "A boca foi o que mais atingiu e o cabelo também, mas graças a Deus nenhuma sequela no rosto. Foi a pior sensação da vida. Acordei entubada, perdida e não sabia o que estava acontecendo. Lembro que na hora eu me assustei na rua e que ela jogou o produto em mim, daí senti muita dor e acordei três dias depois no hospital", revelou.

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Suspeita denunciada

Na última quinta-feira (6), o Ministério Público do Paraná ofereceu, nesta quinta-feira (6), denúncia por tentativa de homicídio contra a jovem que arremessou soda cáustica contra Isabelly, ex-namorada de seu companheiro.

A denúncia, apresentada por meio da 1a Promotoria de Justiça da comarca, aponta as qualificadoras de uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, motivo fútil (ciúmes), emprego de meio cruel e feminicídio (crime praticado conta mulher por razões da condição do sexo feminino).

Isabelly e suspeita que foi presa pela PM (Foto: Redes Sociais e PM)

Além da condenação por homicídio tentado qualificado, o MPPR requer que seja fixada quantia para reparação dos danos materiais, morais e estéticos sofridos pela vítima. A denunciada está atualmente presa preventivamente na Cadeia Pública de Santo Antônio da Platina.

Defesa vai pedir exame de sanidade mental

A defesa da mulher presa por jogar soda cáustica na jovem Isabelly Aparecida Ferreira Moro, de 23 anos, em Jacarezinho, no Norte Pioneiro do Paraná, pedirá um exame de sanidade mental e a mudança para uma cela isolada. A informação foi dada nesta terça-feira pelo advogado da suspeita, Jean Campos, em entrevista à RPC, reproduzida pelo Portal g1PR.

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Na entrevista, o advogado afirmou que a cliente está totalmente arrependida do crime, diferente do que foi passado pela Polícia Civil, e que o exame é para avaliar se ela tem consciência do que fez.

Ainda na entrevista, Jean Campos disse que a 'ação extrema' foi fruto de' humilhações e provocações' sofridas pela suspeita, de 22 anos, por parte da vítima. Isabelly seria ex-namorada do atual companheiro da suspeita, que está preso por roubo, e ela teria visto mensagens da vítima no celular do rapaz.

À RPCo advogado destacou que não houve uma tentativa de homicídio, mas sim uma agressão. "Ela jamais teve o intuito de tirar a vida. A ideia era justamente causar uma lesão corporal, e é isso que a defesa combate, que tem pena de um a cinco anos, que é possível o MP oferecer uma redução da pena", disse o advogado.

Ainda, Jean Campos afirmou que pedirá a transferência da suspeita da cadeia feminina de Santo Antônio da Platina, por questões de segurança. "Dentro do estabelecimento prisional, hoje ela corre risco, sim, de vida, justamente porque outras detentas estão ameaçando a integridade física dela", afirmou.

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Em interrogatório, a suspeita disse que só queria dar um susto na vítima e confirmou que jogou o líquido por ciúmes do atual companheiro.