PUBLICIDADE
Futebol /
ESPORTE

Jogadores envolvidos em confusão no Athletiba prestam depoimento; delegado explica decisão

Pedrinho, Pedro Henrique, Thiago Heleno e David Terans, atletas do Furacão, permaneceram em silêncio durante o depoimento; jogadores do Coritiba serão ouvidos à tarde
Pedrinho, Pedro Henrique, Thiago Heleno e David Terans, atletas do Furacão, permaneceram em silêncio durante o depoimento; jogadores do Coritiba serão ouvidos à tarde

Luiz Henrique de Oliveira

13/02/23
às
11:42

- Atualizado há 2 anos

Compartilhe:

Para receber as notícias do Portal Nosso Dia pelo WhatsApp entre em nosso grupo clicando aqui.

Os jogadores do Athletico Paranaense, envolvidos na confusão com atletas do Coritiba no clássico Atletiba, no último dia 5, foram ouvidos na Delegacia de Futebol e Eventos (DEMAFE) na manhã desta segunda-feira (13), onde assinaram Termo Circunstanciado pelo crime de rixa (artigo 137). Durante a tarde, será a vez dos atletas do Verdão irem à delegacia.

A informação da repórter Monique Vilela, que cobre o dia a dia do Athletico Paranaense, é de que os atletas do Furacão – Pedrinho, Pedro Henrique, Thiago Heleno e David Terans – permaneceram em silêncio durante o depoimento. O clube entende que houve exagero por parte da Polícia Civil na autuação dos atletas.

O delegado Luiz Carlos Oliveira, da Demafe, afirmou a imprensa que, apesar da postura dos clubes, a polícia acredita em culpa por parte dos jogadores.

“Os clubes entendem uma desproporcionalidade, mas nós entendemos que não, porque a praça esportiva está em um contexto social e as pessoas não têm o direito de fazer uma briga generalizada, provocando 30 mil torcedores no estádio. Se tivéssemos a torcida divida, não sei o que poderia ter acontecido. Foi um fato negativo e estamos procurando fazer melhor para a sociedade”, afirmou o delegado.

Oliveira ainda afirmou que os jogadores precisam entender que exercem uma função social. “Os jogadores têm que entender a função social que eles exercem perante os torcedores. Não é permitido uma batalha campal com violência. Toda vez que tivermos acesso a imagens de brigas, nós da Demafe teremos a mesma postura”, concluiu.

O crime de rixa prevê prisão de 15 dias a dois meses ou pagamento de multa. Uma audiência de custódia nos próximos dias deve definir o que vai acontecer com os jogadores. Normalmente, neste tipo de situação acontece uma transação penal e o caso é extinto. Pelo Coritiba, serão ouvidos os  zagueiro Marcio Silva e os atacantes Alef Manga Fabrício Daniel.

Confusão entre jogadores marcou Athletiba (Foto: Reprodução)

Relembre o caso

No último domingo, o árbitro da partida, José Mendonça da Silva Júnior precisou recorrer às imagens da transmissão do jogo para punir os envolvidos na confusão generalizada que tomou conta do gramado da partida. Como o Campeonato Paranaense não utiliza o recurso do VAR, as expulsões foram registradas na súmula após Mendonça e a equipe de arbitragem analisarem as imagens da TV depois do apito final.

A pancadaria começou nos acréscimos do segundo tempo, quando o jogo estava empatado por 1 a 1, com um desentendimento entre Marcio Silva e Terans – alvos da denúncia do Demafe -, que trocaram empurrões. “Com a bola fora de jogo, este atleta (Marcio) passa a mão na nuca do seu adversário de número 10 (Miguel David Terans Perez) de forma provocativa e isso desencadeia um desentendimento entre ambos. Ato contínuo desfere um tapa atingindo-o na nuca. Relato que não foi possível apresentar o cartão vermelho devido a animosidade do momento”, escreveu o árbitro na súmula, ao justificar a expulsão de Marcio Silva. Depois desta cena, com o clima tenso e quente, não houve mais jogo.

A súmula também identificou agressões de Pedro Henrique, Christian e Pedrinho contra Alef Manga. Outro jogador punido foi Fabrício Daniel, do Coritiba, que trocou socos com Pedro Henrique quando o tumulto generalizado foi retomado. O treinador Paulo Turra foi expulso por reclamar da arbitragem, e António Oliveira, por colocar o dedo em riste e dizer ao árbitro: “Isso é tudo culpa de vocês, os erros de vocês causaram tudo isso”, conforme relatado na súmula. Apenas os jogadores receberão denúncia do Demafe.

“Informo que suspendi a partida após consultar o chefe do policiamento e este me informar que não havia garantia de segurança para a continuidade. Capitão da Polícia Militar do Estado do Paraná, Sr. Erlinton José Medeiros de Barros (Capitão Barros). Após essa informação, comuniquei aos capitães de ambas as equipes que a partida estava suspensa por falta de segurança. Ressalto que o início da confusão generalizada ocorreu aos 51′50″ do segundo tempo e a partida se encerraria aos 52′, conforme os acréscimos de 7′. Comunico ainda que utilizei as imagens da transmissão para identificar os infratores”, escreveu o juiz.

A partida do último domingo já contava com torcida única do Athletico-PR, mandante da partida, por causa de violência prévia entre os torcedores das equipes no clássico do último, também válido pelo Campeonato Paranaense. Ao início da confusão, torcedores do Athletico, presentes no estádio, também foram vistos em campo.

TÁ SABENDO?

ESPORTE

© 2024 Nosso dia - Portal de Noticias