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A Polícia Civil do Paraná concluiu que uma jovem de 19 anos matou o próprio filho recém-nascido logo após o parto, ocorrido em 19 de agosto de 2025, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. O inquérito, finalizado nesta semana, aponta que o bebê, identificado como Gustavo Moreira, nasceu com vida e foi assassinado de forma cruel pela mãe, que depois ocultou o corpo.
O caso veio à tona quando a jovem procurou atendimento médico afirmando sofrer de uma crise de hemorroidas. Durante a avaliação, os profissionais de saúde constataram que ela havia dado à luz recentemente. Questionada, a mulher alegou inicialmente que a criança teria nascido sem vida, versão desmentida pelas investigações.
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De acordo com o delegado Luiz Gustavo Timossi, responsável pelo caso, os trabalhos policiais confirmaram que o bebê nasceu vivo. “Com o avançar das investigações, ainda na mesma data, ficou comprovado que essa investigada havia matado o seu filho logo após o nascimento”, afirmou.
O laudo necroscópico revelou que a causa da morte foi traumatismo craniano provocado por objeto perfurocontundente, compatível com uma tesoura, além de múltiplas perfurações distribuídas pelo corpo.
Em depoimento, a suspeita afirmou que não queria o bebê porque o possível pai teria se negado a assumir a criança. Três homens foram identificados como possíveis genitores e realizaram exames de DNA, entre eles um adolescente de 17 anos, que relatou que a investigada chegou a dizer acreditar que ele não era o pai.
As apurações ainda revelaram que a jovem tinha conhecimento prévio da gravidez e chegou a tentar provocar um aborto com métodos caseiros. Para ocultar a gestação de familiares e conhecidos, criou justificativas para o crescimento abdominal e evitava tocar no assunto. Segundo a polícia, as provas demonstram que ela agiu de forma premeditada e com dolo.
Com base nos elementos colhidos e na confissão da suspeita, ela foi indiciada por homicídio qualificado, por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima, além do crime de ocultação de cadáver. O motivo torpe, segundo o inquérito, está ligado à intenção de manter sua vida de solteira e esconder a gravidez.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. Caso seja condenada, a jovem poderá cumprir até 50 anos de prisão.