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Influenciador acusado de desviar mais de R$ 146 milhões no Pix é extraditado da Argentina

O advogado Eduardo Mauricio, que defende Spalone, disse que o influenciador concordou com a extradição
Gabriel Spalone foi extraditado da Argentina para o Brasil. Foto: Reprodução/Rede Social
O advogado Eduardo Mauricio, que defende Spalone, disse que o influenciador concordou com a extradição

Estadão Conteúdo

24/11/25
às
16:00

- Atualizado há 31 segundos

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O influenciador Gabriel Spalone, acusado de desviar mais de R$ 146 milhões por meio de fraudes no Pix, foi extraditado da Argentina para o Brasil na sexta-feira, 21. Ele estava detido em Buenos Aires desde 27 de setembro, quando foi preso no aeroporto após desembarcar de um voo vindo do Panamá.

O advogado Eduardo Mauricio, que defende Spalone, disse que o influenciador concordou com a extradição. Segundo a defesa, a decisão “demonstra a contribuição de Gabriel quanto a busca da verdade real dos fatos”.

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“Gabriel nunca fugiu. Ele já se encontrava no exterior e isso tudo foi uma aventura jurídica por parte da autoridade policial, que fez constar que Gabriel tinha fugido”, disse Mauricio. A defesa acrescentou que aguarda o julgamento de um habeas corpus no Tribunal de Justiça e que solicitou novamente ao juiz da ação penal que Spalone responda ao processo em liberdade.

O caso

Spalone é o principal alvo de uma investigação da Polícia Civil do Estado de São Paulo contra um grupo suspeito de desviar R$ 146 milhões por meio de fraudes no Pix.

Ele é dono da Dubai Cash e da Next Trading Dubai, fintechs voltadas a operações de pagamentos e investimentos. Nas redes sociais, a Dubai Cash afirma ter movimentado mais de R$ 2 bilhões em transações por Pix, e a Next se apresenta como uma empresa de serviços financeiros de escala global. O influenciador tem dois imóveis: um em São Paulo e outro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Além de Spalone, outros dois homens também são investigados. Eles teriam lucrado quase R$ 75 mil com o esquema criminoso. A defesa deles não foi localizada.

A Polícia Civil constatou que o esquema utilizou diversas contas mantidas em uma instituição bancária para o recebimento dos valores. As investigações também apontaram que os golpistas utilizaram o Pix como meio de transferência.

De acordo com a investigação, os criminosos ainda usaram a credencial de uma prestadora de serviços para desviar os valores do banco em fevereiro deste ano.

Em 23 de setembro, a 1ª Delegacia da Divisão de Crimes Cibernéticos, vinculada ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil, deflagrou a Operação Dubai, que tinha como objetivo o cumprimento de mandados de prisão preventiva contra Spalone e os dois homens. Um deles foi localizado na capital paulista e outro em Campinas, no interior de São Paulo, mas Spalone não foi encontrado.

O nome dele chegou a ser incluído na Difusão Vermelha da Interpol e as buscas mobilizaram agentes da Polícia Civil e autoridades da Argentina, do Panamá, do Paraguai e dos Estados Unidos. Ele foi preso em um aeroporto de Buenos Aires em 27 de setembro após desembarcar de um voo que tinha saído do Panamá.

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