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Inflação em Curitiba e Região Metropolitana fecha 2024 em 4,43%, abaixo da média nacional

Mesmo dentro do limite, alta nos preços dos alimentos impactou significativamente o orçamento das famílias no ano passado
(Foto: Agência Brasil)
Mesmo dentro do limite, alta nos preços dos alimentos impactou significativamente o orçamento das famílias no ano passado

Redação*

16/01/25
às
7:54

- Atualizado há 4 dias

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Enquanto no cenário nacional o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2024 com inflação de 4,83%, ultrapassando a meta para o ano, que era de 4,50%, em Curitiba e Região Metropolitana (RMC) ficou em 4,43%, levemente abaixo do limite. Em dezembro, a inflação foi de 0,52% no país e de 0,46% na capital paranaense e região.

De acordo com o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), Lucas Dezordi, embora o índice de inflação em Curitiba e RMC tenha ficado abaixo da média nacional, a alta nos preços de itens essenciais, como alimentos, impactou significativamente as famílias.

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Segundo o economista, a depreciação cambial tem sido um fator significativo na aceleração da inflação no Brasil, refletindo também em Curitiba e na Região Metropolitana. Apesar desse cenário, os preços dos alimentos in natura, no acumulado do ano, apresentaram redução tanto no Brasil (-1,97%) quanto em Curitiba e RM (-1,60%). “Tudo indica que as condições de oferta e demanda estão se normalizando após os impactos das chuvas excessivas no início de 2024. Contudo, as queimadas em regiões produtoras e a estiagem em algumas áreas ainda são motivo de preocupação”, destacou.

Maiores variações – Dezembro

Os alimentos lideraram as maiores altas em dezembro na região de Curitiba. Entre os itens com maior elevação de preços estão filé mignon (+11,82%), capa de filé (+9,83%), acém (+9,58%), alcatra (+9,41%), carne de porco (+7,21%), óleo de soja (+5,81%) e café moído (+4,95%). De acordo com Dezordi, essa elevação no preço das carnes já havia sido apontada em relatórios anteriores, em decorrência das queimadas que prejudicaram o pasto e da forte depreciação da taxa de câmbio.

Por outro lado, houve redução no preço de alimentos como batata inglesa  (-29,00%), pepino (-24,16%), cebola (-13,43%) e melão         (-10,10%).

Maiores variações – Acumulado no Ano

No acumulado de 2024, os alimentos sensíveis às condições climáticas continuaram aumentando de preços em Curitiba e RMC. Os destaques, de janeiro a dezembro, foram a tangerina (+64,95%), acompanhada do café moído (+42,73%), azeite de oliva (+30,31%), laranja-pera (+26,88%), maçã (+26,05%), patinho (+24,19%), óleo de soja (+23,55%) e carne de porco (+22,84%). “Seguindo a tendência nacional, os alimentos seguem pressionando os preços para cima em Curitiba e Região Metropolitana e, para os próximos meses, as carnes vão contribuir para esse aumento”, analisa Lucas Dezordi.

Já os itens que tiveram as maiores quedas ao longo do ano foram pepino (-46,76%), cebola (-38,07%), cenoura (-30,38%), passagem aérea (-28,30%), tomate (-25,45%), batata inglesa (-23,46) e gás encanado (-12,31%).

De acordo com Dezordi, embora o índice de inflação em Curitiba e RMC tenha ficado abaixo da média nacional, a alta nos preços de itens essenciais, como alimentos, impactou significativamente as famílias. A Fecomércio PR reforça a importância de acompanhar as condições climáticas e seus efeitos na oferta de produtos para mitigar os impactos no bolso do consumidor.

*Com informações da assessoria de imprensa

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