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IAT promove restauração ambiental do Parque do Cerrado por meio da queima controlada

Primeira etapa do projeto começou nesta sexta-feira (22) em uma área de 27,2 hectares da Unidade de Conservação localizada em Jaguariaíva, nos Campos Gerais
IAT promoveu a restauração ambiental do Parque Estadual do Cerrado, em Jaguariaíva, por meio da queima controlada Foto: Denis Ferreira Netto/SEDEST-PR
Primeira etapa do projeto começou nesta sexta-feira (22) em uma área de 27,2 hectares da Unidade de Conservação localizada em Jaguariaíva, nos Campos Gerais

Redação*

23/08/25
às
8:24

- Atualizado há 5 horas

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O Instituto Água e Terra (IAT) e o Corpo de Bombeiros do Paraná promoveram nesta sexta-feira (22) a queimada controlada de 27,2 hectares do Parque Estadual do Cerrado, em Jaguariaíva, nos Campos Gerais. A ação contou com aproximadamente 70 pessoas e faz parte de um projeto de restauração ambiental que busca recuperar a vegetação nativa da Unidade de Conservação (UC).

Esta é a primeira de seis etapas previstas. O objetivo é recuperar o bioma completamente em até cinco anos – o Cerrado ocupa cerca de 1% do território paranaense. A proposta conta com apoio da prefeitura, voluntários e do Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais. O IAT é vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

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Utilizada anteriormente com sucesso em parques com o de Vila Velha, em Ponta Grossa, a técnica será aplicada pela primeira vez no Cerrado. Também chamada de queima prescrita, é recomendada para combater a proliferação de espécies exóticas invasoras que prejudicam o crescimento da vegetação nativa.

“O Cerrado é um dos biomas mais ameaçados do Brasil, por isso depende do fogo para manter sua dinâmica natural. É um ganho ambiental porque tem espécies que só germinam depois da queima. Quando a vegetação cresce demais, com a introdução de exóticas como o pinus, a semente das espécies nativas não tem a luminosidade exata para quebrar a dormência e voltar”, explicou o chefe do Parque Estadual do Cerrado, Juarez Baskoski, um dos idealizadores do projeto.

Segundo ele, experiências anteriores comprovam que os efeitos positivos aparecem rapidamente. “Em alguns casos, pudemos perceber que era possível ver o campo retornando após duas semanas da utilização desta técnica. Em Vila Velha, temos mais de 33 espécies por metro quadrado reaparecendo e até animais silvestres voltando, como o tamanduá-bandeira, que não era registrado havia 30 anos”, destacou.

MANEJO – A técnica com utilização do fogo, prevista no Plano de Manejo do Parque, é feita desde 2014 em Vila Velha. Este procedimento só pode ser feito durante o inverno, entre maio e agosto, quando os pássaros da região não estão em período reprodutivo e não existem ninhos nos campos.

*Com informações da AEN

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