- Atualizado há 30 segundos
O Tribunal do Júri de Curitiba condenou a 32 anos de prisão, em regime fechado, Pablo Cezar Borges, de 26 anos denunciado pelo Ministério Público do Paraná pela morte da companheira, Nayara Queiroz Farias de 24 anos. O crime ocorreu no dia 10 de fevereiro de 2024, um sábado de Carnaval, na residência do casal, no bairro Cidade Industrial de Curitiba. Ela foi morta por asfixia, na frente do filho do casal, de apenas dois anos.
Em um primeiro momento, o homem tentou simular um suicídio para a família da vítima, alegando que ela teria incorporado um espírito e estaria se asfixiando e batendo a própria cabeça contra a parede, versão que caiu por terra com a chegada da força policial e da perícia técnica, principalmente depois que um dos policiais militares teve contato com o menino, que lhe contou, de imediato, que o pai tinha matado a mãe.
Para receber as principais informações do dia pelo WhatsApp entre no grupo do Portal Nosso Dia clicando aqui
Violência doméstica – Na denúncia, a 3ª Promotoria de Justiça de Crimes Dolosos contra a Vida de Curitiba sustentou, a partir das investigações, que o crime foi cometido no contexto de violência doméstica e familiar e em razão de menosprezo do agressor à condição de mulher da vítima, pois ele se referia com frequência à mulher de forma ofensiva, inclusive lhe atribuindo o nome de uma entidade espiritual, com o intuito de desmerecê-la.
Na sessão de julgamento, que se iniciou na quinta-feira, 14 de agosto, e terminou somente na madrugada do dia seguinte, o Conselho de Sentença acolheu todas as teses do Ministério Público, reconhecendo a prática de feminicídio por meio cruel (asfixia). O fato do crime ter sido praticado na presença da criança também foi considerado para o aumento da pena. Além da prisão, o Juízo determinou a perda do poder familiar do acusado em relação ao filho.
*Com informações do MPPR