O suposto empresário que aparece cometendo crimes de racismo e xenofobia em um posto de combustível, em Curitiba, não gostou de ser cobrado por um produto aberto. Ele xingou um jovem frentista de 'macaco' e 'nordestino do inferno'. Segundo um colega da vítima, que filmou a cena, o homem ficou furioso quando o trabalhador pediu que ele pagasse um Cup Noodles (macarrão instantâneo), antes de abrir.

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"Fazia uns 10 minutos que ele estava lá, xingando todo mundo. O vídeo que eu fiz é só uma parte. Isso tudo porque pedi pra ele se poderia pagar antes o Cup Noodles antes de abrir", detalha o trabalhador.

O frentista procurou a Polícia Civil na tarde deste sábado (14) para registrar Boletim de Ocorrência. A Polícia Civil já sabe quem é o homem e investiga o caso.

Colega do frentista vítima de crime, que filmou a cena. Foto: Reprodução/POP FM

Crime

O crime aconteceu na madrugada desta sexta-feira (13), durante um atendimento. Pelas imagens, o agressor entra na loja de conveniência já humilhando e cometendo crimes o frentista.

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"Eu sou empresário (…) Tenho empresa. Você ganha R$ 4 mil nessa b0st@ eu pago três vezes mais pra tá aqui te chamando de neguinho. Chama o gerente. Nordestino dos inferno. Neguinho, macaco. (…) Vou processar a p0rr@ desse posto. Veio do Nordeste para querer ser gente aqui em Curitiba? Volta pro Nordeste aproveitar aquele sol", diz o suposto empresário.

O frentista procurou a Polícia Civil na tarde deste sábado (14) ao lado do advogado Igor Ogar e do colega de trabalho, que filmou o crime. Ele deixou a Central de Flagrantes bastante abalado. "Não consigo falar", disse ele.

Para a imprensa, Ogar afirma que a polícia já tem o nome completo e que faltam poucas informações para chegar até ele. "Já temos o nome completo, perfil nas redes sociais, faltam pouco para a polícia. Além disso, há mais vítimas desse homem", disse o advogado.

Investigação

O Portal Nosso Dia entrou em contato com a Polícia Civil e recebeu a seguinte nota oficial:

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"A PCPR já está em diligências no intuito de identificar o autor do fato. Imagens das câmeras de segurança e filmagens realizadas no momento do fato já estão sendo recolhidas para análise. A vítima já foi ouvida e as equipes estão em campo para apurar o caso e garantir a aplicação da lei".