- Atualizado há 2 semanas
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu em flagrante um homem, de 28 anos, pelos crimes de lesão corporal, ameaça e dano qualificado. A captura aconteceu nesta terça-feira (27), em Castro, na região dos Campos Gerais. Ele agrediu e tentou atropelar a esposa e a cunhada no momento em que elas iam até a delegacia para denunciá-lo. Apesar disso, o suspeito foi solto já nesta quarta-feira, após a Justiça estipular uma fiança de R$ 2,8 mil, que foi paga por ele.
Na data do fato, o homem foi conduzido até a delegacia por tentar atropelar a ex-companheira e sua cunhada. A motivação do crime seria o fim do relacionamento, não aceito pelo indivíduo. De acordo com o delegado da PCPR Marcondes Alves, o relacionamento chegou ao fim, porque o mesmo homem teria agredido a vítima na noite anterior à tentativa de atropelamento.
Para receber as principais informações do dia pelo WhatsApp entre no grupo do Portal Nosso Dia clicando aqui.
Conforme apurado, assim que o suspeito tomou conhecimento de que a vítima registrou a ocorrência em sede policial, ele iniciou uma perseguição e fez diversas ameaças para que ela deixasse o carro da irmã.
“Durante o trajeto até a delegacia ele as obrigou a parar o carro. Nesse momento a vítima desce do veículo e o casal conversa do lado de fora. Assim que a vítima reafirma o fim do relacionamento, o autor enfurecido utiliza do próprio carro para tentar atropelar as duas irmãs e, também, tentar causar danos no veículo delas”, explicou.
Apesar da prisão, a juíza Viviane Cristina Dietrich determinou a soltura do suspeito mediante pagamento de fiança, sem o uso de tornozeleira eletrônica, conforme o Portal g1PR. Segundo a decisão, o suspeito tem residência física e não possui antecedentes criminais. Em 2022, o rapaz foi indicado por lesão corporal no âmbito de violência doméstica.
A OAB Paraná, por meio de nota, afirmou que o caso exige um tratamento rigoroso pelo judiciário:
“A violência flagrada nesse vídeo é real, extrema e exige um tratamento rigoroso por parte do Poder Judiciário. Em uma sociedade civilizada, regida por leis e conduzida por Poderes legitimamente constituídos, não é admissível que um comportamento destruidor como esse seja minimamente tolerado.
A violência contra as mulheres representa uma grande mazela da nossa sociedade. Diariamente ocorrem atitudes extremas, que beiram a irracionalidade em muitos dos casos. É fundamental que Estado atue para estabelecer limites e garantir a integridade física e psicológica de mulheres e meninas.”