- Atualizado há 2 dias
O ex-procurador da “Lava-Jato” e filiado ao Partido Novo, Deltan Dallagnol, participou, aa sexta-feira (8), em Curitiba, da cerimônia de filiação do vice-prefeito de Curitiba, Paulo Martins, que deixou o PL para se filiar ao Novo. Na ocasião, Dallagnol falou sobre temas atuais da política nacional e estadual, destacando a atuação do ministro Alexandre de Moraes, a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, sua própria situação eleitoral e o cenário para as eleições de 2026.
Dallagnol afirmou que as ações do ministro Alexandre de Moraes demonstram abusos contra direitos humanos, especialmente no contexto das prisões e medidas cautelares aplicadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, tais medidas têm ocorrido sem justificativas legais adequadas, configurando uma perseguição política que fere as liberdades fundamentais.
“Quando eu olho para as ações sucessivas do ministro Alexandre de Moraes, eu vejo fortes evidências de abuso sucessivos praticados contra direitos humanos. Tanto na área de liberdade de expressão, como na área das próprias liberdades, com prisões abusivas, sem a devida justificativa, medidas cautelares como aquelas impostas a Bolsonaro, sem a devida justificativa, fora do que estabelece a lei, fora da própria jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o que me faz concluir que hoje existe, sim, no Brasil, uma grande perseguição política com sucessivas violações de direitos humanos contra o direito e contra Jair Bolsonaro”, afirmou o ex-procurador.
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Sobre sua própria situação política, Dallagnol destacou a possibilidade de concorrer ao Senado nas eleições do próximo ano. Ele afirmou estar legalmente elegível, apesar dos questionamentos feitos pelo PT junto à Justiça Eleitoral. “O juiz já decidiu que estou, sim, elegível”, ressaltou. O político disse que seu objetivo principal é continuar servindo ao povo paranaense e brasileiro, independentemente do cargo que ocupar.
Dallagnol destacou que Paulo Martins já representa os valores do partido, como honestidade, competência e defesa das liberdades. Martins também expressou a intenção de disputar o governo do Paraná em 2026, ampliando o leque de candidatos do campo conservador no Estado.
“A nossa relação com o Paulo Martins é excelente porque ele representa aquilo que a gente acredita. É uma pessoa que luta por honestidade, por competência e com coragem para que a gente tenha uma política melhor, enfrentando os abusos e defendendo as liberdades e políticas públicas baseadas em evidências.”
Dallagnol avaliou ainda o cenário político para 2026, destacando a presença de dois pré-candidatos fortes à Presidência da República: o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Para ele, ambos apresentam trajetórias marcantes, com avanços em segurança pública e educação em seus estados, e visões semelhantes sobre incentivos sociais. A unidade da direita, segundo ele, será fundamental para derrotar o PT nas próximas eleições.
“Os dois nomes são excelentes. Quando a gente olha para Ratinhos Jr. e Zema, você tem várias semelhanças. Zema conseguiu reduzir a criminalidade violenta pela metade. Ratinhos Jr. conduziu o Paraná ao menor índice de homicídios por 100 mil habitantes da história. Quando a gente olha para a educação, Zema conduziu o Estado de Minas Gerais até o melhor Enem em vários anos seguidos. E aqui, Ratinho Junior. conseguiu que o Estado alcançasse o melhor índice dentro do IDEB. Ou seja, os dois conseguiram um super avanço também na área da educação. Os dois têm uma visão muito parecida no mundo em relação ao sistema de incentivos à sociedade. Que você deve fazer as pessoas receberem os frutos do seu trabalho e pagarem pelos crimes que cometem. Os dois têm uma visão parecida no mundo. São dois excelentes nomes”, avaliou.