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Greca decreta luto oficial pela morte de Dalton Trevisan: “Fez seu legado e não será esquecido”

Dalton ainda foi vencedor de quadro edições do prêmio nacional Jabuti (1960, 1965, 1995 e 2011)
Greca decreta luto oficial pela morte de Dalton Trevisan. Foto: ARQUIVO/ESTADÃO
Dalton ainda foi vencedor de quadro edições do prêmio nacional Jabuti (1960, 1965, 1995 e 2011)

Redação*

10/12/24
às
15:53

- Atualizado há 1 dia

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O prefeito Rafael Greca decretou luto oficial pela morte do escritor curitibano Dalton Trevisan, aos 99 anos, nessa segunda-feira (9/12). Considerado um dos maiores contistas do Brasil e conhecido como “O Vampiro de Curitiba”, Dalton é autor de mais de 50 livros, vencedor dos prêmios Camões (2012), o mais importante da língua portuguesa, e Machado de Assis pelo conjunto da sua obra, a maior honraria em literatura nacional (2011).

“Dalton Trevisan, contista único, um dos melhores escritores do Brasil, era grande e era nosso. Fez seu legado e não será esquecido. Um homem pode ser eterno se sua memória permanecer”, afirma Greca. O escritor sempre foi avesso aos holofotes, vivia recluso e não dava entrevistas desde os anos 1970.

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Dalton morava, nos últimos anos, em um apartamento no Centro de Curitiba, que era o tema principal de sua obra, que narra a vida cotidiana na capital paranaense numa linguagem concisa e direta, sempre retratando costumes e dramas psicológicos de seus personagens.

Obra

Formado em Direito, Dalton iniciou a carreira com a novela Sonata ao Luar, quando ganhou destaque, ao vencer o Concurso Nacional de Contos em 1965, no governo Paulo Pimentel. Mas sua obra mais conhecida foi o livro de contos O Vampiro de Curitiba, também daquele ano.

Sua obra, que inclui clássicos como A Polaquinha e Cemitério de Elefantes, revela uma Curitiba sombria, mas também lírica, onde a banalidade do cotidiano convive com dramas intensos. Seus livros foram traduzidos em diversos idiomas.

Dalton ainda foi vencedor de quadro edições do prêmio nacional Jabuti (1960, 1965, 1995 e 2011).

Revista Joaquim

Nos anos de 1946 a 1948, Dalton editou com seu amigo e ilustrador Poty Lazarotto a famosa revista Joaquim, publicação com a participação de Mario de Andrade e Carlos Drummond de Andrade. 

A residência onde morou em Curitiba, na esquina das ruas Ubaldino do Amaral e Amintas de Barros, na divisa dos bairros Alto da Glória e Alto da XV, é um dos pontos turísticos de Curitiba visitada pelos amantes da literatura.

*Com informações da Prefeitura de Curitiba

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