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A Secretaria de Educação do Paraná (Seed-PR) informou nesta quarta-feira (29) que faltas de professores e funcionários da Educação a partir de segunda-feira (3) terão desconto em folha de pagamento. Os professores, por meio da APP-Sindicato, definiram pela paralisação com promessa de adesão em 100% das escolas contra o projeto que terceiriza a gestão administrava de 300 colégios do estado. (Saiba mais no decorrer da matéria)

Segundo o Governo do Paraná, diretores e chefes de núcleo foram orientados a encaminhar os dados para o gabinete da pasta. Qualquer paralisação compromete gravemente o cronograma de estudos e, consequentemente, o rendimento dos alunos.

A orientação aos pais é que encaminhem os filhos à escola normalmente, pois as aulas continuam conforme o calendário escolar. Os diretores precisam garantir o funcionamento das escolas e a entrada de estudantes, servidores e terceirizados. Se os terceirizados forem impedidos de trabalhar, o pagamento do dia não trabalhado não será descontado da empresa terceirizada, que deve comunicar à Secretaria, mas ficará sob a responsabilidade do diretor.

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"O programa Parceiro da Escola, apontado como motivo da greve, foi concebido justamente para apoiar os diretores. Como o nome informa, ele prevê uma parceria. Ele tem o objetivo de permitir que os diretores se dediquem apenas às atividades pedagógicas para promover um aprendizado ainda maior dos estudantes da rede. O projeto de lei que está em análise na Assembleia Legislativa também propõe um modelo democrático com consulta de pais, estudantes, professores e diretores antes da efetivação", diz em nota o Governo do Paraná.

"O programa não atinge escolas indígenas, aquelas em comunidades quilombolas e em ilhas ou as cívico-militares. Segundo as regras, o parceiro contratado deverá utilizar os Sistemas Estaduais de Registro Escolar, ficando a cargo da Secretaria de Estado da Educação a expedição de normativas para o uso. O parceiro contratado também poderá utilizar as plataformas digitais disponibilizadas pela Seed para aplicação de seu plano de trabalho", complementa o documento.

Uma pesquisa realizada com pais e responsáveis de alunos matriculados nas duas escolas participantes do projeto-piloto mostra que mais de 90% deles aprovam o programa. Os benefícios vão do aumento da frequência escolar à inexistência de aulas vagas, conforme o governo.

Adesão em massa

A expectativa da APP-Sindicato é de 100% de adesão da escolas estaduais do Paraná para a greve marcada para segunda-feira (3). Segundo o sindicato, a proposta de compartilhar a gestão dos colégios com a iniciativa privada nada mais é que colocar um fim na educação pública.

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"O sindicato defende a o recurso público na escola pública. Esse projeto fere a escola pública ao passar a empresa privada. Perde o caráter público e os recursos passam a outra finalidade, que é virar lucro ao empresário", disse Walkiria, durante a sessão da tarde da ultima segunda-feira na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

Ainda na entrevista, a presidente da APP-Sindicato afirmou que a greve não é pelos professores, mas sim contra o fim das escolas públicas. "A greve não é por nós professores, que somos concursados, é pelo fim da escola pública. A expectativa é de adesão de 100% das escolas. A tramitação aqui na Alep vai ser acelerada. Tentamos dialogo com o secretário de estado da Educação e pedimos oficialmente que não enviassem o projeto, mas não aconteceu", lamentou.