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Um golpista que se passa por um cliente insatisfeito tem tentado passar golpes em restaurantes em Curitiba. Ele age sempre da mesma forma: começa com fala mansa, elogia o restaurante, mas diz que a esposa, que é ‘bem chata’, encontrou um cabelo na comida e, por isso, quer o dinheiro de volta. Alguns estabelecimentos chegaram a devolver o dinheiro ao rapaz.
O Portal Nosso Dia recebeu a confirmação de quatro restaurantes sobre a ação do golpista. Em um uma ação contra um restaurante Ao Distinto Cavalheiro, no Centro de Curitiba, o golpista recebeu o valor de volta de uma possível refeição em que disse ter feito em outubro do ano passado. Tentou passar a conversa de novo na semana passada, mas daí foi identificado.
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“Nesse segundo desconfiei, pois era uma história similar, como se fosse a primeira vez que tivesse ocorrido. Impossível a mesma pessoa encontrar cabelo na refeição por duas vezes seguidas no mesmo lugar e não mencionar isso”, contou a administradora do restaurante, Maristela Canário Cella Franco.
A suspeita é que o golpista sequer tenha pisado no restaurante nas duas situações. Neste segundo caso, a empresa pediu que ele fosse até Ao Distinto Cavalheiro para ser ressarcido, mas o homem, como era esperado, nunca apareceu.
Contra um bar no bairro Batel ele agiu da mesma forma e só parou quando foi ressarcido, no fim do ano passado. Em outro caso, um empresário dono de um estabelecimento no Centro de Curitiba recebeu um áudio com o mesmo modus operandi: ‘esposa achou um cabelo na feijoada em uma marmita’. Acontece que naquele dia o estabelecimento estava com o delivery fechado, aí foi fácil descobrir que era golpe.
Os casos foram trazidos à tona pelo presidente da Abrabar, Fábio Aguayo, que passou uma orientação aos associados. “Estamos recebendo algumas dezenas de denúncias de um Golpista que se apresenta com nome de Marco Aurélio e usa sua mulher como escada, sua especialidade é pedir ressarcimento de Bares e Restaurantes sobre consumo de alimentos, especialmente em locais de boa aglomeração, preferencialmente sem câmeras de monitoramento e que não faz controle de saída de Delivery ou emissão automática de nota fiscal dos pedidos, mas também não perdoa quem tem controle rígido e aí foi seu erro com um estabelecimento associado/parceiro nosso quando ele tentou o golpe duas vezes, uma teve sucesso e a outra não”, disse Aguayo.
O presidente da Abrabar salientou a importância de fazer sempre o Boletim de Ocorrência dos casos. “É importante que o empresário faça o Boletim de Ocorrência, faça chamada ao vivo para desmascarar o golpista e peça a nota fiscal antes de qualquer transferência. Fazer com urgência um Boletim de Ocorrência é fundamental para desmascarar esse cidadão”, concluiu.