
- Atualizado há 9 segundos
O Gaeco de Londrina realizou, nesta terça-feira (2), uma operação para tentar desmontar a chefia de um esquema de jogo do bicho e lavagem de dinheiro em Arapongas e região. A ação, chamada de Operação Diarquia, cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Arapongas e também em Florianópolis (SC). Entre os alvos estão o suposto líder do esquema, familiares dele e pessoas usadas como “laranjas” para esconder patrimônio.
A investigação começou a partir de um caso anterior envolvendo o jogo do bicho na cidade, ligado a um ex-presidente da Câmara. Ao analisar celulares e computadores apreendidos naquela operação, o Gaeco encontrou indícios de um “sócio oculto” que seria o verdadeiro cabeça da operação e quem controlava o fluxo de dinheiro.
Para receber as principais informações do dia pelo WhatsApp entre no grupo do Portal Nosso Dia clicando aqui
Segundo o MP, o grupo funcionava como uma empresa, com uma espécie de rodízio mensal entre os chefes para administrar a banca, dividir custos e lucros. Planilhas apreendidas apontam que o esquema controlava pelo menos 257 pontos de aposta e poderia render até R$ 8 milhões por ano de lucro.
Esquema de lavagem
Para esconder o dinheiro ilegal, o suposto líder teria montado uma estrutura sofisticada envolvendo familiares, empresas de fachada e até uma holding. Relatórios técnicos do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro do MP identificaram movimentações bancárias muito acima da renda declarada, com discrepâncias que ultrapassam R$ 1,2 milhão.
O patrimônio ligado ao grupo inclui imóveis de luxo, terrenos em condomínios fechados, apartamentos no litoral catarinense — muitos registrados em nome da holding para dificultar o rastreio — e até duas aeronaves de pequeno porte. A Justiça determinou o sequestro de imóveis e das aeronaves como forma de garantir que os bens possam ser tomados caso o crime seja confirmado.