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Um grupo de manifestantes esteve no Hipermercado Muffato do bairro Portão, em Curitiba, para pedir por justiça pelo jovem Rodrigo da Silva Boschen, de 22 anos. Ele foi morto após ter sido flagrado furtando chicletes e barra de chocolates do estabelecimento, na quinta-feira (19) da semana passada. Participaram os pais de Rodrigo, além de familiares próximos e amigos.
O ato, que durou cerca de 2 horas, pediu que o caso não seja esquecido e que os responsáveis devidamente punidos. Rodrigo trabalhava em uma multinacional, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), e não tinha passagens pela polícia, constam apenas abordagens com posse de drogas. Ele morava com a mãe no bairro Pinheirinho e costumava frequentar o estabelecimento.
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O pai de Rodrigo, Ronaldo Boschen, conversou com o Portal Nosso Dia na manifestação e falou sobre o sentimento de tristeza com a morte do filho. “Tem sido muito difícil. Não tem como isso continuar. Queremos Justiça. Rodrigo era meu filho, amado por todos. Ele não merecia uma morte dessa. Na hora, eu achei que era outro Rodrigo, porque não queria acreditar, mas no fundo, eu já sabia, porque o coração do pai sente”, disse emocionado.
O pai revelou ainda que Rodrigo teve problemas com drogas, mas que estava controlado, tanto que tinha um emprego fixo em uma multinacional e planos para o futuro. “Ele queria estudar, fazer uma faculdade, gostava de jogar futebol. Agora, não tenho mais ele. Ele estava controlado e aparentemente não tinha mais esse problema de droga. Estava trabalhando e animado. Quando estava indo para o caminho certo, acontece isso”, falou.
Por fim, o pai enfatizou que é necessário cobrar por Justiça. “Meu filho estava aqui porque era rotina dele, a casa dos avós fica perto. Só quero Justiça, que outro pai não passe por isso, porque a vida do meu filho não volta mais. O mercado precisa contratar gente preparada. O que aconteceu, não poderia acontecer”, concluiu.
O que aconteceu?
Quatro suspeitos foram identificados pelo crime: dois funcionários do hipermercado, um segurança terceirizado e um motoboy ,que passava pelo local e parou para ajudar na detenção de Rodrigo. Dois permanecem presos, um foi solto audiência de custódia e um quarto, o funcionário do hipermercado que teria aplicado o mata-leão na vítima, fugiu após o crime.
A informação foi dada na manhã desta segunda-feira (23), durante entrevista coletiva, pelo delegado Thiago Filgueiras, da Delegacia de Homicídios de Maior Complexidade (DHMC).
“Quinta-feira a equipe foi acionada até o local no bairro Portão. Uma testemunha relatou que viu três rapazes carregando um corpo e aquele fato chamou a atenção. Com as filmagens, fizemos a investigação e identificamos que dois dos suspeitos eram de um mercado e outro de uma empresa de segurança. Conseguimos prender os dois suspeitos e chegou a informação de que o rapaz tinha furtado alguns itens, de pequeno valor, perseguido por funcionários e abordado do lado de fora do hipermercado. Eles pediram ajuda de um motoboy, que parou, e começaram as agressões. O motoboy também foi preso”, disse. Leia a matéria completa clicando aqui.