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Funcionários são indiciados por jogar cadela em triturador de caminhão de lixo no Paraná

Segundo a Polícia Civil, não houve tempo suficiente para acionamento do socorro ou constatação do óbito antes de o coletor jogar o pet no mecanismo
(Foto: Reprodução)
Segundo a Polícia Civil, não houve tempo suficiente para acionamento do socorro ou constatação do óbito antes de o coletor jogar o pet no mecanismo

Redação Nosso Dia

12/05/25
às
16:46

- Atualizado há 21 segundos

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O motorista e o coletor de um caminhão de lixo, de 29 e 24 anos, respectivamente, foram indiciados pela Polícia Civil pelo crime de maus-tratos contra animais por jogar a cadela Ágata no triturador de um caminhão de lixo em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, na última sexta-feira (9). O animal foi atropelado e arremessado no compactador.

Segundo a Polícia Civil, não houve tempo suficiente para acionamento do socorro ou constatação do óbito antes de o coletor jogar o pet no mecanismo. Ainda de acordo com o órgão, a prática “caracteriza a prática de maus-tratos, uma vez que o animal pode ter sido descartado ainda com vida, sendo submetido a sofrimento desnecessário”.

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A empresa Ponta Grossa Ambiental (PGA), responsável pelo serviço de coleta, disse que o procedimento adequado, em casos como este, seria a interrupção do serviço e acionamento do fiscal de operações. A PGA informou, ainda, que os colaboradores envolvidos foram afastados das funções até a conclusão da investigação.

O motorista do caminhão também vai responder criminalmente pelo fato de ter atropelado Ágata e não ter tomado as providências necessárias após o ocorrido. Ele e o colega podem ser condenados de dois a cinco anos de prisão e multa.

A Polícia Civil concluiu o inquérito e encaminhou para apreciação do Ministério Público do Paraná.

O que dizem os investigados?

Segundo o delegado Derick Moura Jorge, em interrogatório, os investigados disseram que, após o atropelamento, constataram a morte do animal. Mas, embasado em análise de imagens de câmera de monitoramento e documentos anexados ao processo, o delegado afirma que há probabilidade da cadela estar com vida no instante em que ocorreu o arremesso.

“Não há como se ter certeza que o animal efetivamente havia falecido no momento do impacto, especialmente em razão do curto espaço de tempo ocorrido entre o atropelamento e o arremesso dele com relação à caçamba”, disse a autoridade policial.

Cadela atropelada fugiu de casa

Segundo a Polícia Civil, o atropelamento aconteceu quando a tutora do animal, de 22 anos, estudava na faculdade. Três dos seis cães da família escaparam para a rua.

Dois retornaram, mas o terceiro não. Uma câmera de segurança registrou o momento em que o caminhão atropelou o cachorro. E, logo em seguida, o funcionário descartou o animal no sistema de compactação.

O que diz a defesa da família?

A advogada Isabella Godoy Danesi, representante da família, afirmou em nota que os tutores ficaram abalados e que foram adotadas medidas legais contra a empresa. “Estamos tomando todas as providências cabíveis tanto no âmbito cível, criminal e administrativo. Esperamos que a empresa se responsabilize e reveja sua política interna e treinamentos aos funcionários!”, finaliza.

As informações são da Catve.com.

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