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Freitas diz que Traiano deve ser afastado da presidência por confissão de recebimento de propina

Ainda na entrevista, Freitas afirmou que fará em breve uma representação contra Traiano na Alep
Freitas e Traiano durante discussão em sessão na Alep (Foto: Reprodução TV Assembleia)
Ainda na entrevista, Freitas afirmou que fará em breve uma representação contra Traiano na Alep

Redação Nosso Dia

07/12/23
às
10:29

- Atualizado há 1 ano

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Cassada a liminar de primeira instância que havia censurado matérias sobre suspeitas de corrupção envolvendo o presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Alep), Ademar Traiano (PSD), e o ex-deputado Plauto Miró, veio à tona que os parlamentares fizeram acordo com o Ministério Público (MP), em dezembro de 2022, confessando que receberam vantagem indevida (propina) do empresário Vicente Malucelli. Responsável por trazer o caso a público, após ser denunciado no Conselho de Ética por ter chamado Traiano de corrupto durante sessão na Alep, o deputado Renato Freitas (PT) afirmou, em entrevista ao Portal Nosso Dia, que é um caso para afastamento da presidência da Casa e cassação do mandato.

“O feitiço se volta contra o feiticeiro. Primeiro passo é afastar o Traiano da presidência e depois cassação. Aquele que rouba, passa uma imagem muito ruim para a sociedade. Como aquele que rouba milhões de dinheiro público, pode advertir aquele que rouba no mercado para comer? Isso gera um sentimento de animosidade com as instituições”, afirmou o parlamentar, que em seguida destacou os próximos passos que tomará.

“A bancada de deputados da oposição se reuniu e deliberou ao conselho do Ministério Público Federal para que se apure esse acordo revestido de um sigilo tão rigoroso. Iremos nos articular enquanto bancada e também será requerido ao ministro da Justiça, Flávio Dino, que pode trazer para si qualquer processo”, explicou o petista.

Ainda na entrevista, Freitas afirmou que fará em breve uma representação contra Traiano na Alep. “Se a representação não for protolocada por outro deputado, nós o faremos. Ainda não o fiz, porque estou em um momento de defesa (do processo que ele é investigado no Conselho de Ética), mas farei em um futuro breve”, concluiu o parlamentar.

Reportagens liberadas

Na decisão em que libera a exibição das reportagens, o desembargador Rosaldo Elias Pacagnan, do Tribunal de Justiça do Paraná afirma que o interesse público em torno do caso é “evidente”. “Nós, agentes públicos, temos contas a prestar”, escreveu o desembargador.

Ademar Traiano e Plauto Miró foram implicados na delação premiada do empresário Vicente Malucelli. Ele fechou acordo de colaboração com o Ministério Público do Paraná e afirmou ter repassado R$ 200 mil aos parlamentares em troca do direcionamento de uma licitação para produção de conteúdo da TV Assembleia, canal do legislativo estadual do Paraná.

Além da delação, as notícias abordavam o acordo de não persecução penal fechado pelo presidente da Assembleia Legislativa com o Ministério Público do Paraná. Esse é um instrumento que permite que a pessoa investigada, no caso Traiano, confesse o crime e cumpra cláusulas negociadas com as autoridades, como multa, para não responder a uma ação penal. O acordo também está em sigilo. Os anexos estão sob sigilo. Os políticos citados ainda não se pronunciaram sobre o caso.

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