- Atualizado há 2 anos
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Os deputados Renato Freitas (PT) e Tito Livio Barichello (União) voltaram a discutir durante sessão da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), agora na tarde desta terça-feira (15), após o petista afirmar que existe uma ‘bancada da milícia’ na Casa, em referência a bancada da Segurança Pública formada por policiais de carreira. Revoltado com a declaração, já que Freitas se dirigia a ele, Tito pediu respeito e afirmou que o colega está extrapolando a imunidade parlamentar.
A nova discussão aconteceu durante discurso de Freitas enaltecendo Marielle Franco, já que ontem completou cinco anos da morte da então vereadora pelo Rio de Janeiro. Afirmando que os assassinos de Marielle têm o símbolo de uma caveira, fazendo referência ao envolvimento de policiais, Freitas direcionou a palavra a Tito Barichello.
“Não à toa eram de uma organização criminosa , composta por policiais militares da ativa, expulsos, bombeiros e outros agentes da segurança, que tentaram apagar Marielle da história, mas ela vive nas minhas palavras. Minha pergunta, sobretudo para a bancada da milícia da Alep, quem mandou matar, delegado Tito, quem mandou matar, delegado Tito, Marielle Franco?”, questionou Freitas.
Após as palavras de Freitas, o deputado Tito, que é delegado da Polícia Civil, pediu respeito e questão de ordem, na qual refutou o uso do termo ‘bancada da milícia’. “Senhor Renato Freitas, o senhor fala em bancada da milícia, milícia é uma organização criminosa para a prática de ilicitos. O senhor falta com respeito aos colegas. Peço que sejam tomadas providências a esse deputado estadual que está indo além da imunidade. Está chamando uma determinada bancada de milícia, que é um termo criminoso. Meça mais suas palavras”, disse o parlamentar.
Mediando a briga, o presidente da Alep, Ademar Traiano, pediu que o deputado Renato Freitas tenha mais cautela nas falas. “Temos muitos delegados, policiais e, portanto, essa presidência, com respeito a vossa excelência, pede cautela, para não ferir a imagem de pessoas que estão aqui e representam segmento das Policias Civil e Militar”, ponderou.
Já na manhã desta quarta-feira (15), antes da sessão do dia na Alep, Traiano afirmou que conversará pessoalmente com os deputados para acalmá-los. “Os ânimos estão exaltados e tenho tentado acalmar as manifestações, porque as falas estão no campo muito ideológico e acho que estão exagerando. Vou procurar conversar pessoalmente, para que a gente tenha uma harmonia no plenário. Aquilo que muitas vezes se fala, não vem ao encontro do que se pretende no campo político”, explicou.
Na semana passada, Freitas e Tito também debateram calorosamente, após o petista chamar policiais militares envolvidos em confronto policial de assassinos. Relembre aqui.
