A agricultora Aline Tibolla Bassani passou por momentos de desespero durante uma viagem a Porto de Galinhas, comprada junto a uma agência de viagens de Medianeira. Ela relata que adquiriu dois pacotes quase um ano antes da viagem, incluindo um para ela e o marido, e outro para o sogro e a sogra.

“Chegando no resort, ficamos sabendo que não tínhamos todas as nossas diárias. Liguei para a proprietária da agência, ela disse que estava tudo tranquilo e que resolveria com o resort. Mas no dia 12, o resort nos comunicou que tínhamos que sair porque ela não havia respondido e não tinha atualizado as reservas. Tentamos contato, mas ela simplesmente tinha sumido”, contou Aline.

A situação se agravou com a falta de voo e acomodação:

“Decidimos alugar um apartamento para organizar o que fazer e esperar um contato da agência, mas ela não apareceu. Descobrimos que várias pessoas que viajariam naquela madrugada não conseguiram embarcar, não tinham passagens nem diárias pagas no resort. Ao tentar adiantar nosso voo de volta, soubemos que ele havia sido cancelado, deixando-nos sem hospedagem e sem como retornar. Estávamos com um bebê de colo, uma criança e meu sogro idoso, o que tornou tudo ainda mais difícil”, relatou a vítima.

Aline destacou que não foi o único caso:

“Várias outras pessoas chegaram ao aeroporto e descobriram que não tinham passagem nem diárias pagas. Foi um golpe que afetou muitas famílias. Esperamos uma explicação e retorno da agência, porque dessa forma não dá para ficar.”

O delegado Denis Zortéa Merino, da Polícia Civil de Medianeira, confirmou que um inquérito investiga a agência de viagens suspeita de aplicar golpes em clientes da cidade e municípios vizinhos. Até o momento, cerca de 150 pessoas se identificaram como vítimas. Segundo ele, a agência não efetuou reservas nos hotéis de destino, reforçando a suspeita de fraude. A proprietária deverá ser chamada para prestar depoimento nos próximos dias.

As informações são da Catve.com.