- Atualizado há 2 segundos
Um homem de 27 anos suspeito de matar e deixar o corpo da mãe dentro de uma geladeira foi preso nesta quarta-feira (6), na Região Metropolitana de Curitiba. Depois do crime, que aconteceu em Colombo, o suspeito foi para a casa do pai, em Campina Grande do Sul. Ele estava em uma edícula nos fundos e foi preso no início da manhã por policiais da Delegacia do Alto Maracanã.
As investigações indicavam que o homem poderia estar na casa de parentes, já que não tinha mais sido visto após a descoberta do crime, no fim de julho. No momento da prisão, o suspeito não tentou fugir e agora está preso temporariamente.
De acordo com a polícia, o homem e a mãe Jacqueline da Silva moravam juntos no bairro Guaraituba. Familiares relataram que ele é usuário de drogas e tem histórico de agressividade. Segundo as investigações, Jacqueline teria conversado com uma outra filha em fevereiro desse ano, sendo o último contato dela com alguém da família.
Segundo os vizinhos, o homem chegou a dizer que havia se mudado da casa, mas era visto constantemente entrando pelo portão. Já a mãe Jacqueline passou a não ser mais vista por ninguém. Ainda assim, nenhum Boletim de Ocorrência foi feito.
Meses depois, familiares decidiram acionar a polícia e ir até a casa dos dois. Segundo o delegado Herculano de Abreu da Delegacia do Alto Maracanã, os familiares foram procurados por um advogado contratado por Jacqueline, que tinha vencido uma ação na justiça e que agora precisava assinar documentos judiciais. “Foi então que os familiares decidiram ir até lá para procurá-la”, disse.
Chegando na casa de Jacqueline e do filho, os policiais encontraram a casa em completa desordem e, durante a vistoria, encontraram o corpo dentro de uma geladeira desligada, já em avançado estado de decomposição. O corpo de Jaqueline estava enrolado a várias toalhas e cortinas.
O delegado Herculano de Abreu acredita que ainda há pontos para serem elucidados, mas que acredita que o filho matou a mãe. “Todos os indícios apontavam para a autoria dele. Ele não deixava os familiares se aproximarem da vítima. Os próprios vizinhos relataram que ele afastava todas as pessoas da convivência dela. As evidências levaram até ele”, disse.
A motivação para o crime ainda é desconhecida e que a ação judicial, que levou os familiares até a casa de Jacqueline, pode não ter nenhuma relação com o crime. “Ela precisava assinar, então, não faz sentido a morte dela antes dessa assinatura”, disse ele. “Estamos apurando agora a real motivação do crime”, completou.
A causa da morte e o tempo mais preciso sobre a data do crime serão confirmadas via exames do Instituto Médico Legal (IML).
Assista ao vídeo do momento da chegada do suspeito na Delegacia do Alto Maracanã.