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Filha de empresário morto no BarBaran agradece denúncia do MP e diz acreditar na Justiça: “Meu pai morto por um covarde”

Ministério Público denunciou policial civil por homicídio duplamente qualificado; crime ocorreu em setembro, no Centro de Curitiba
Julia Antunes Reppold Marinho afirmou que a família recebeu a denúncia com esperança
Ministério Público denunciou policial civil por homicídio duplamente qualificado; crime ocorreu em setembro, no Centro de Curitiba

Angelo Binder

31/12/25
às
9:41

- Atualizado há 3 minutos

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A filha do empresário Antônio Carlos Antunes, de 51 anos, morto a tiros em um bar de Curitiba, usou as redes sociais para agradecer e enaltecer a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) contra o policial civil Marcelo Mariano Pereira, acusado pelo homicídio ocorrido no dia 26 de setembro de 2025, no BarBaran, localizado na região central da capital.

Em vídeo divulgado nesta terça-feira (31), Julia Antunes Reppold Marinho afirmou que a família recebeu a denúncia com esperança e destacou a importância do trabalho do Ministério Público. “Hoje eu venho aqui para agradecer e enaltecer o trabalho do Ministério Público do Paraná pela denúncia técnica feita no dia de ontem. O que aconteceu com o meu pai é inaceitável. A gente saiu para comemorar a vida e voltou com o meu pai morto por um covarde”, declarou.

Julia também lembrou que a virada do ano marca três meses da morte do pai e descreveu o momento como especialmente difícil para a família. “Enquanto muitas pessoas vão estar celebrando, nós vamos estar passando por um momento muito duro. Mas eu acredito que a justiça vai ser feita, e ela já começou a ser feita com essa denúncia técnica”, afirmou.

Denúncia do MP contraria conclusão do inquérito policial

O Ministério Público do Paraná denunciou o policial civil por homicídio duplamente qualificado, apontando como agravantes o motivo fútil e o uso de arma de fogo de uso restrito. A denúncia foi oferecida pela 2ª Promotoria de Justiça de Crimes Dolosos contra a Vida no dia 30 de dezembro, um dia após a Polícia Civil concluir o inquérito indicando que o agente teria agido em legítima defesa.

De acordo com a acusação, o policial, de 36 anos e que estava de folga, efetuou o disparo durante um desentendimento dentro do estabelecimento comercial, após retirar um copo de cerveja da vítima da pia e colocá-lo no chão. O tiro foi disparado no interior do bar, localizado na Alameda Augusto Stellfeld.

Além do homicídio qualificado, o MP também denunciou o policial por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, uma vez que ele teria ingerido bebida alcoólica antes do crime, o que é proibido pela legislação.

Advogada destaca aspectos técnicos da denúncia

A advogada da família, Caroline Mattar Assad, afirmou que a denúncia apresentada pelo Ministério Público é consistente e esclarece pontos que costumam gerar dúvidas na sociedade. “A denúncia traz não apenas o homicídio com duas qualificadoras, mas também os artigos da lei que deixam claro que, mesmo sendo policial, o porte da arma perde validade quando o agente está sob efeito de bebida alcoólica”, explicou.

Segundo a defesa da família, o caso seguirá agora pelo rito do Tribunal do Júri. “O momento é de aguardar a instrução criminal. A família recebe essa notícia com muita esperança e respeito. Seguimos confiando na justiça”, afirmou a advogada.

Ao oferecer a denúncia, o Ministério Público ressaltou que, independentemente da conclusão do inquérito policial, a ação penal é necessária para permitir a produção de provas sob o contraditório e a ampla defesa, cabendo ao Judiciário analisar, de forma definitiva, a existência ou não de legítima defesa.

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