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A professora Fernanda Bonin, filha do ator paranaense Breno Bonin, foi assassinada em São Paulo e teve seu corpo encontrado com sinais de estrangulamento e um cadarço enrolado no pescoço. O crime, que chocou a capital paulista, segue sob investigação da Polícia Civil, que identificou ao menos cinco suspeitos de participação.
Um dos investigados, João Paulo Bourquin, foi preso temporariamente após ser flagrado por câmeras de monitoramento abandonando o carro da vítima, um Hyundai Tucson, nas proximidades do Autódromo de Interlagos, na zona sul da cidade. Em depoimento, ele negou envolvimento direto na morte e afirmou que foi contratado apenas para sumir com o veículo. Chamou a atenção dos investigadores o fato de terem encontrado na residência do suspeito uma coleção de cadarços — segundo ele, um “hobby”. A polícia, no entanto, destacou que não havia sapatos ou tênis na casa, apenas os cadarços.
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A delegada Ivalda Aleixo, do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que ainda não é possível afirmar se o objeto encontrado na casa do suspeito tem ligação direta com o usado no crime, mas que o fato é “no mínimo estranho”. O próprio João Paulo admitiu que sabia do assassinato, mas disse que, no momento da execução, estava com uma amiga comendo um lanche.
De acordo com a polícia, Fernanda foi atraída até a zona oeste da capital paulista pela ex-companheira, a veterinária Fernanda Fazio, que alegou estar com problemas mecânicos no carro. Ao chegar ao local, a professora foi rendida por criminosos, assassinada e levada até um terreno baldio no bairro Vila da Paz. Seu corpo foi localizado no dia seguinte. O veículo, o celular e uma faca — que pode ter sido usada para ameaçá-la — foram encontrados abandonados.
Fernanda Fazio foi presa preventivamente na última sexta-feira (9), após a polícia reunir indícios de que ela seria a mandante do crime. As duas haviam se separado há cerca de um ano, depois de uma relação de oito anos, e dividiam a guarda dos dois filhos. No dia do assassinato, enquanto a vítima era abordada, Fazio teria ido até a casa de Bonin para buscar as crianças.
A veterinária não confessou a autoria e declarou, por meio de sua advogada, que só irá se manifestar em juízo. Outras mensagens encontradas em seu celular levaram a polícia a dois homens: Rosemberg Joaquim de Santana, apontado como seu “faz-tudo”, e Ivo Rezende dos Santos. Ambos são suspeitos de envolvimento direto na execução e estão foragidos, com mandados de prisão preventiva em aberto. Além deles, uma mulher, ainda não identificada, foi flagrada saindo do carro de Bonin junto com João Paulo e também está sendo procurada.
A principal hipótese da polícia é de que o crime tenha sido motivado por ciúmes e pela não aceitação do fim do relacionamento por parte de Fazio. As investigações seguem em curso.