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O primeiro Festival Raízes Culturais – Sabores e Saberes levou mais de 15 mil pessoas ao Parque dos Tropeiros, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), segundo a organização, no sábado e domingo, dias 6 e 7 de dezembro. A programação gratuita transformou o espaço em um grande encontro de gastronomia típica, música regional, artesanato, oficinas e manifestações ligadas ao tropeirismo.
Marcado pela forte presença das tradições sulistas, o evento reuniu elementos da cultura tropeira, culinária regional, agricultura familiar e atividades que reforçaram a identidade local. Para o organizador Marciano Alves, o objetivo foi plenamente alcançado. “Queríamos que as pessoas se reconectassem com o sentimento de pertencimento às tradições que moldaram nossa região, e foi exatamente isso que aconteceu”, afirmou.
Com grande adesão do público e avaliações positivas, a organização confirma que já trabalha na edição do próximo ano. “A pedido da população, já começamos a planejar a segunda edição. Este foi só o começo”, reforça.
O prefeito de Curitiba Eduardo Pimentel participou da abertura oficial ao lado do presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado estadual Alexandre Curi, que visitou as atrações do parque e conversou com expositores da Primeira Feira das Cooperativas da Agricultura Familiar do Paraná. No espaço, o público encontrou produtos frescos, coloniais e artesanais. “A agricultura familiar tem um papel fundamental na identidade do Paraná, e o festival ajudou a valorizar ainda mais esse trabalho”, destacou Marciano.
Entre os destaques gastronômicos, chamaram atenção os grupos de CTGs que prepararam costela de chão desde as quatro horas da manhã, atraindo admiradores da culinária campeira.

A programação musical também movimentou o fim de semana, com apresentações de Valther Morais, Baitaca e outros artistas reconhecidos pela difusão da cultura gaúcha. Danças tradicionalistas, aulas abertas e apresentações de grupos da região metropolitana também envolveram o público. “Fizemos questão de trazer artistas e grupos que representam a alma do nosso Sul, porque cultura se fortalece vivendo e compartilhando”, disse o organizador.
A tradição paranaense também ganhou espaço com a distribuição de 1,2 mil mudas de erva-mate, como parte da celebração da lei que institui o Dia da Erva-Mate em Curitiba, comemorado em 29 de agosto. “A erva-mate é símbolo do nosso estado e faz parte da memória de muitas famílias. Distribuí-la aqui foi uma forma de celebrar essa ligação”, explicou Marciano.
O público ainda acompanhou a produção de um acampamento tropeiro, exposição do cavalo crioulo, feira de artigos gaúchos e oficinas campeiras, incluindo preparo de chimarrão e jogos tradicionais. “Queríamos que as pessoas não apenas assistissem, mas vivenciassem a cultura campeira. As oficinas deixaram isso muito claro”, acrescentou.
Para Marciano, o festival se torna um marco para a região. “Curitiba nasceu como ponto de passagem de tropeiros. Trazer essa história de volta ao Parque dos Tropeiros é mais do que um evento, é uma homenagem às nossas raízes e à comunidade do CIC”, afirmou.

