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Fazenda Urbana do Cajuru testa rastreamento inédito em compostagem com tecnologia de ponta

Desde janeiro, o projeto Compostroca, desenvolvido pela organização curitibana Coletivo Ambiente Livre, passou a utilizar tecnologias de ponta para garantir mais eficiência, transparência e qualidade no manejo de resíduos orgânicos
Projeto de inovação na ação do Compostroca, possibilita que comunidade troque resíduos orgânicos por composto para utilização em hortas domésticas. Curitiba, 23/07/2025. Foto: Isabella Mayer/SECOM
Desde janeiro, o projeto Compostroca, desenvolvido pela organização curitibana Coletivo Ambiente Livre, passou a utilizar tecnologias de ponta para garantir mais eficiência, transparência e qualidade no manejo de resíduos orgânicos

Redação com SMCS

24/07/25
às
13:30

- Atualizado há 1 dia

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Na Fazenda Urbana do Cajuru, em Curitiba, uma verdadeira revolução silenciosa vem transformando a maneira como a compostagem comunitária é feita. Desde janeiro, o projeto Compostroca, desenvolvido pela organização curitibana Coletivo Ambiente Livre, passou a utilizar tecnologias de ponta para garantir mais eficiência, transparência e qualidade no manejo de resíduos orgânicos.

Com o apoio da plataforma Bion e da startup IrriGate, o Compostroca integra sensores inteligentes, blockchain e monitoramento em tempo real para rastrear e validar cada etapa do processo de compostagem, tornando o modelo replicável e socialmente inclusivo.

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Monitoramento preciso

Segundo Maurício Gikoski, responsável técnico do Compostroca, a parceria com a startup IrriGate trouxe um salto na qualidade do processo.

“A parceria com a IrriGate vem com o intuito de mensurar parâmetros essenciais através de sensores e monitoramento em tempo real via aplicativo. Esses sensores garantem qualidade e permitem entender, ao longo dos 49 dias do ciclo, como estão os níveis de nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio (NPK), além de temperatura, umidade e condutividade. Isso nos possibilita um acompanhamento preciso de tudo o que está acontecendo”, explica.

O sistema IrrigaPlay, desenvolvido pela IrriGate, é uma central inteligente que realiza leituras rápidas – em até 10 segundos – de variáveis fundamentais para a compostagem, com precisão de até 97%. O que antes levava até 30 dias em análises laboratoriais agora pode ser acompanhado minuto a minuto.

“Ter controle preciso de parâmetros como umidade, temperatura e nutrientes é essencial para garantir um composto de alta qualidade”, afirma Breno Gonçalves, CEO da IrriGate. “Quando esses dados são monitorados corretamente, evitamos odores, perdas de nutrientes e proliferação de patógenos. Além disso, o controle em tempo real permite ajustes imediatos, otimizando o tempo de processamento e reduzindo desperdícios.”

Blockchain e créditos de carbono

Outro destaque é o uso da plataforma Bion, que utiliza blockchain para validar e recompensar práticas sustentáveis. O sistema reconhece ações de descarte responsável de resíduos orgânicos e possibilita a criação de créditos de carbono locais, fortalecendo a economia circular.

“A tecnologia que estamos desenvolvendo junto com a Ambiente Livre vai permitir a inclusão de projetos socioambientais urbanos que hoje estão fora do mercado de carbono tradicional, trazendo mais recursos para quem cuida do meio ambiente”, explica Marcio Rodrigues, CEO da Bion.

Sobre o Compostroca

O Compostroca é uma iniciativa criada pelo Coletivo Ambiente Livre, em parceria com a Prefeitura de Curitiba, que desde 2021 transforma resíduos orgânicos de 20 famílias do bairro Cajuru em adubo para hortas comunitárias. Ao longo desses anos, mais de 12 toneladas de resíduos já foram compostados, o que representa uma redução estimada de 1.301,5 toneladas de CO₂ equivalente (tCO₂e), segundo estudo da Embrapa.

As famílias participantes, além de contribuírem para a diminuição do volume de lixo enviado aos aterros sanitários, recebem o adubo produzido, utilizado em hortas comunitárias e projetos de Agricultura Urbana no município.

O secretário de Segurança Alimentar e Nutricional, Leverci Silveira Filho, destaca a importância de unir educação ambiental, inovação e engajamento comunitário.

“A compostagem é fundamental para reduzir resíduos orgânicos e devolver nutrientes ao solo, fortalecendo os canteiros da Fazenda Urbana do Cajuru, as futuras fazendas do CIC e Tatuquara e as 214 hortas urbanas de Curitiba. Com inovação e tecnologia, transformamos o que seria lixo em alimento e sustentabilidade para a cidade”, afirma o secretário.

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