PUBLICIDADE
Paraná /
DIA A DIA

Família Silva mostra que o Dia do Professor é muito mais do que uma data no Paraná

Neste 15 de outubro, Dia do Professor, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) presta homenagem aos 70 mil professores da rede estadual com a inspiradora história da família Silva
Neste 15 de outubro, Dia do Professor, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) presta homenagem aos 70 mil professores da rede estadual, contando a inspiradora história da família Silva, que vive e leciona no Litoral do Paraná. Foto: Geraldo Bubniak/AEN Foto: Geraldo Bubniak/AEN
Neste 15 de outubro, Dia do Professor, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) presta homenagem aos 70 mil professores da rede estadual com a inspiradora história da família Silva

Estadão Conteúdo

15/10/25
às
9:36

- Atualizado há 10 segundos

Compartilhe:

Dos cursos de corte e costura ministrados pela mãe às aulas de elétrica do pai, Rosilene Erlaine da Silva herdou a paciência e o talento para conduzir cada etapa do aprendizado. E não foi apenas ela: as irmãs Luciane e Juliane também escolheram a docência como caminho. O marido e o filho seguiram os mesmos passos.

Neste 15 de outubro, Dia do Professor, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) presta homenagem aos 70 mil professores da rede estadual com a inspiradora história da família Silva, que vive e leciona em Paranaguá, no Litoral do Paraná. Uma trajetória construída dentro da escola e da universidade públicas, onde ensinar sempre foi mais que uma profissão.

Para receber as principais informações do dia pelo WhatsApp entre no grupo do Portal Nosso Dia clicando aqui

Com inclinação para as artes, boa parte da família fez faculdade na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Empap) nos cursos de Licenciatura em Desenho, em Artes Visuais, Escultura e Gravura.

A história de Rosilene com a educação começou justamente observando a irmã mais velha, Luciane, que cursava o último ano de Desenho e dava aulas em Curitiba. “Eu passava por um momento de vazio profissional. Não sabia o que queria fazer e acabei seguindo o conselho dela e ingressando na Embap. Foi uma janela que se abriu. Hoje, quase duas décadas depois, damos aula no mesmo colégio em Paranaguá, o Cidália Rebello Gomes”, diz.

Ela leciona Artes, Pensamento Computacional e Letras/Português e diz que ser um educador é, antes de tudo, nunca deixar os desafios e as dificuldades ofuscarem o trabalho. “É preciso lembrar que cada estudante sentado em uma sala de aula é um ser humano. Os professores são braços de apoio. A nossa profissão é a mais linda de todas, pois ela consiste em orientar o caminho de muitos ao conhecimento”, afirma.

A professora de Arte Luciane Erleide da Silva, irmã de Rosilene, também recebeu influência dos antepassados, começando pelo avô paterno, que tocava violão e era apreciador de artes visuais.

“Desde criança, eu gostava de ver como ele sorria para as artes e apreciava quadros e músicas. Qualidades que a minha mãe herdou, sempre esculpindo em madeira, ensinando corte e costura, cantando e tocando violão. Eles eram inventores. Uma vez, meu pai criou um órgão eletrônico e uma estação de rádio. Tocava e as pessoas no bairro que sintonizavam na frequência da rádio dele podiam ouvir. A arte sempre esteve presente na nossa casa. Tanto que comecei a fazer cursos na área junto com a minha mãe”, diz. 

Quando terminou a faculdade, em 2005, Luciane passou no concurso público em Paranaguá e, desde então, atua na mesma escola da rede estadual, em salas de aula do Ensino Fundamental e Médio, onde tem alunos cujos pais foram seus alunos, além de ter lecionado para colegas que hoje são professores. Ela também ensina pintura e origami em um ateliê próprio.

“Me sinto feliz com tantos professores em minha família. Há bastante engajamento e troca de experiências e materiais e como professora, me sinto realizada. Quando entro em sala de aula, diante das mais diversas situações, lembro que, antes de tudo, isso é uma missão divina. Poder fazer parte do aprendizado dos alunos requer responsabilidade, respeito, energia e amor”, ressalta. 

Luciane acredita no poder da educação. “São crianças e jovens com histórias diferentes, vivências diferentes e, dentro de sala de aula, é preciso unir todas em busca de formação comum. A aprendizagem permite seguir em frente, é uma das belezas da profissão”, afirma.  

Com esse cenário em casa, foi natural que a caçula das irmãs Silva tivesse inclinação para a área educacional, afinal estava no DNA da família. Juliane Elciane da Silva se enveredou pelas artes visuais e mais tarde pela Educação Especial e em Altas Habilidades/Superdotação. Já no segundo ano de faculdade, começou a lecionar na rede estadual de ensino.

Há dez anos na área, Juliane trabalha em duas escolas da Capital, dando aulas de Artes e na Educação Especial. “Me sinto honrada em trilhar essa trajetória. É um caminho de muitos desafios, mas também gratificante”, reflete. “Minhas irmãs me inspiraram muito, inclusive na escolha do curso”, relata a hoje estudante de Psicologia.

FILHO DE PEIXE  Totalmente influenciado pela família, Henrique da Silva Lima, filho de Rosilene, se formou em Gravura, e cursa Design em Jogos Digitais. Há dois anos, dá aulas de Artes, Pensamento Computacional e Robótica. Essa última constitui-se de curso destinado aos estudantes dos ensinos Fundamental e Médio, preferencialmente em contraturno, que ganhou corpo na rede estadual a partir de 2019.

“Entrei na educação por influência da minha família, especialmente pela minha esposa e minha mãe, buscando novas oportunidades de empregos na cidade, e acabei por ingressar nas escolas do campo/ilhas do Litoral de Paranaguá”, relata. “Muitas pessoas trabalharam com minha mãe ou tia, tinham identificação com elas, e isso no começo causou um certo desconforto. Eu ficava pensando se seria um bom professor. Com o tempo, as angústias ficaram para trás e fiquei mais tranquilo para transmitir o conhecimento”.

Para ele, o desafio é despertar o interesse, o pensamento crítico e a criatividade dos estudantes para que possam se desenvolver e compreender a realidade à sua volta e além dela. “No meu entendimento, a educação não é mais só sobre passar conteúdos para o aluno, mas incentivar ele a acessar esse conteúdo e como desenvolver ele na vida, ainda mais diante do contexto de transformações da sociedade”.

 Lucival Leocádio Kosters Bittencourt, casado com a professora Rosilene Silva, cunhado de Luciane Silva e Juliane e padrasto de Henrique, também tem relação com o magistério, embora não atue na rede estadual. Ele é professor de Informática Básica há 24 anos e ainda está em plena atividade. Também faz questão de celebrar o 15 de outubro. “Dou aula em cursos profissionalizantes há 22 anos contínuos, mas também lecionei no Ensino Fundamental, tendo tido minha primeira experiência com o Ensino Profissional no Senac”, conta.

“Lecionar é um compromisso de vida e uma honra. As milhares de pessoas formadas através de meus cursos e todas as pessoas com quem contribuí para sua qualificação profissional na área da informática, são, de fato, o grande pagamento que guardo em meu coração”, afirma. 

15 DE OUTUBRO – Para celebrar o Dia do Professor, a Secretaria da Educação do Paraná (Seed-PR) também está realizando o reconhecimento de docentes da rede estadual de ensino. A partir da percepção de alunos na pesquisa “Fala, Estudante!”, conduzida pela Seed-PR, cerca de 5 mil professores vão receber certificados e chromebooks.

As percepções dos alunos, coletadas ao longo do primeiro semestre por meio de formulários online, foram feitas a partir do trabalho do professor no esclarecimento de dúvidas, realização de atividades práticas, preparação de aula, engajamento nas tarefas, entre outros. A pesquisa foi aplicada nas escolas regulares, nas de ensino profissionalizante, nas de educação para jovens adultos (EJA), colégios cívico-militares (CCM), escolas de educação em tempo integral, escolas do campo, indígenas, quilombolas e também nas ilhas.

*Com informações da AEN

TÁ SABENDO?

DIA A DIA

PUBLICIDADE
© 2024 Nosso dia - Portal de Noticias