As equipes da Polícia Científica e do Corpo de Bombeiros concluíram a coleta de aproximadamente mil vestígios relacionados à explosão da fábrica Eamex Brasil, ocorrida na última terça-feira (12), que atingiu Quatro Barras, Região Metropolitana de Curitiba. O material catalogado foi encaminhado para laboratórios do Estado, onde passará por análises técnicas, incluindo a comparação com os perfis de DNA de familiares já cadastrados no sistema.

Segundo o coronel Hiller, do Corpo de Bombeiros, os primeiros dias de buscas foram os mais complexos devido à presença de explosivos na área. “Criamos corredores seguros com o apoio do Esquadrão Antibombas e da Polícia Militar, para que nossas equipes pudessem avançar no terreno. Inicialmente, a prioridade era encontrar sobreviventes, mas, infelizmente, não foi possível. Passamos então a apoiar a Polícia Científica na busca por vestígios”, relatou.

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A área foi dividida em nove quadrantes, incluindo o epicentro da explosão. Após a varredura manual, cães especializados foram empregados, localizando fragmentos que não seriam detectados a olho nu. Ao longo dos quatro dias de operação, os bombeiros removeram toneladas de terra deslocadas pela explosão, que arrastaram vestígios para as laterais da cratera formada.

Todo o material coletado segue sob análise, processo que deve se estender por mais de dez dias. Só então os laudos poderão confirmar a identificação das nove pessoas que estavam na área no momento do acidente. A Polícia Militar do Paraná permanece responsável pelo isolamento do local, que continuará interditado até a conclusão das investigações.

O impacto da explosão também atingiu imóveis vizinhos. De acordo com o coronel Hiller, “as edificações que foram afetadas pela onda de choque e não apresentam condições de operação só poderão retomar as atividades após serem reconstruídas e vistoriadas novamente”. Ele destacou, porém, que “existem edificações mais distantes do epicentro que não sofreram danos e que poderão retomar o funcionamento, desde que apresentem segurança estrutural”.