- Atualizado há 16 horas
A Enaex Brasil afirmou, em nota divulgada nesta quinta-feira (9), que o inquérito da Polícia Civil do Paraná (PCPR) sobre a explosão que matou nove trabalhadores em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, não apontou a causa raiz do acidente. A empresa destacou ainda que mantém um sistema de segurança de classe mundial, constantemente atualizado e alinhado aos mais altos padrões internacionais.
No comunicado, a Enaex reforça que o resultado das investigações “indica apenas algumas hipóteses e não a causa raiz determinante” para o acidente ocorrido em 12 de agosto na unidade de Booster, onde era fabricado o explosivo pentolite. Segundo a empresa, o encerramento do inquérito deixa como legado o “reforço das bases já existentes para a estrita observância dos padrões de segurança da companhia”.
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A companhia afirmou que possui um sistema de gestão de segurança de classe mundial, com procedimentos operacionais e administrativos robustos, auditorias, treinamentos e tecnologias industriais voltadas à prevenção de acidentes. “A Enaex conta com um sistema de gestão de segurança de classe mundial, em constante evolução e estreitamente alinhado com o propósito de humanizar a mineração e com o valor primordial da companhia: a vida”, diz o texto oficial.
A Enaex declarou ter colaborado integralmente com a Polícia Civil e outras autoridades desde o início das investigações. A empresa destacou a atuação conjunta de órgãos técnicos, famílias, colaboradores e equipes internas, classificando o trabalho como “complexo e minucioso”.
“A companhia reconhece os esforços de todos os envolvidos para esclarecer os fatores relativos ao acidente, no âmbito do processo de investigação conduzido pela Delegacia da Polícia Civil, trabalho complexo e minucioso, no qual houve estrita cooperação de diversas autoridades, famílias, colaboradores e equipe técnica da companhia”, afirma a nota.
Além de enfatizar seus padrões de segurança, a Enaex informou que mantém contato direto com os familiares das vítimas, com seus advogados e com a Defensoria Pública do Estado do Paraná, conduzindo negociações de indenizações de forma consensual e ágil, sempre preservando a privacidade dos envolvidos.
A empresa também declarou que estabeleceu canais de comunicação com colaboradores, terceirizados e comunidades vizinhas à planta de Quatro Barras, para responder rapidamente às necessidades de apoio e reparação de danos materiais em imóveis afetados pela explosão.
A nota da empresa foi publicada no mesmo dia em que a Polícia Civil anunciou a conclusão do inquérito, que descartou responsabilidade criminal individual, mas apontou falhas sistêmicas na gestão de risco da companhia como fatores que podem ter contribuído para o acidente.