O ex-marido de Ana Paula Campestrini, Wagner Cardeal Oganauskas foi condenado a 25 anos de prisão diante do júri popular, que finalizou na noite desta sexta-feira (24). Ele foi apontado como o mandante do crime contra a ex-esposa, assassinada a tiros, quando chegava em casa. O autor dos disparos, amigo de Clube de Wagner, Marcos Antônio Ramon foi condenado em 29 anos de prisão. O crime aconteceu em 22 de junho de 2021, no bairro Santa Cândida, em Curitiba.

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Após 28 horas de julgamento, o juiz Thiago Flôres Carvalho, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, leu o veredicto perto das 22 horas. O ex-marido de Ana Paula recebeu condenação por homicídio qualificado por ser acusado de ser o mandante do crime. Marcos, quem atirou contra a vítima, pegou 29 anos, 11 meses e 17 dias de prisão em regime inicialmente fechado. Ele confessou ter atirado e matado Ana Paula.

A reviravolta do caso aconteceu durante os depoimentos dos réus, quando Marcos tentou afirmar que matou Ana Paula para incriminar Wagner. Os dois (Wagner e Marcos) faziam parte da diretoria do Clube Morgenau e Marcos alegou que queria prejudicar Wagner e que ele não sabia do crime.

Ex-marido Wagner Oganauskas foi condenado como mandante do crime. Foto: Reprodução TJ

Já o Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou Wagner como mentor do crime, já que - segundo as investigações - teria pago R$ 38 mil para que esse amigo matasse a vítima. Segundo a denúncia, Wagner não aceitava o novo relacionamento da ex-esposa, com uma mulher.

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Vitória

O advogado da família Jeffrey Chiquini comemorou o resultado com a condenação dos réus e aditivos de todas as qualificadoras. "Uma vitória de toda a sociedade paranaense, é um resultado que não poderia ter sido diferente. O julgamento foi feito por provas, tudo que se viu aqui foi feito com base em provas. Foram condenados com todas as qualificadoras imputadas, inclusive com agravante", disse à imprensa.

Ana Paula Campestrini tinha três filhos com o ex-marido. Foto: Arquivo pessoal

Os familiares de Ana Paula que acompanharam o júri popular disseram que a justiça foi feita. "Emocionante, a justiça foi feita. A decisão foi unânime. Estamos com essa espera há mais de um ano e ainda com medo que ele pudesse ser absolvido. É um alívio muito grande", disse a ex-companheira da vítima.

Já advogada de Wagner, Carolina Crepaldi, afirmou que vai recorrer da condenação. "É uma pena bem alta, apresentamos as provas para os jurados, um júri extremamente técnico, procuramos demonstrar a inocência dele. Mas o entendimento dos jurados foi o contrário e nós já estamos prontos para entrar com recurso", garantiu.